Germinação de duas espécies da caatinga sob déficit hídrico e salinidade
DOI:
https://doi.org/10.4336/2016.pfb.36.87.1017Palavras-chave:
Poincianella pyramidalis, Anadenanthera colubrina, Polietilenoglicol, Cloreto de sódio, Cloreto de cálcioResumo
A germinação é uma das etapas de desenvolvimento do vegetal e para que a mesma ocorra, a presença da água é de fundamental importância. Porém, plantas que precisam se desenvolver em solos de regiões áridas e semiáridas se deparam com solos salinizados ou com pouca água disponível. Portanto, a presente pesquisa objetivou avaliar a germinação de sementes de catingueira e angico submetidas a condições de estresse salino e hídrico. Foram utilizadas sementes de Poincianella pyramidalis e Anadenanthera colubrina submetidas à salinidade, induzida pelos cloretos de cálcio e de sódio e à deficiência hídrica, induzida pelo PEG 6000, tendo o rolo de papel como substrato. Os tratamentos foram: controle (água destilada), -0,4MPa (NaCl, CaCl2 e PEG), -0,8MPa (NaCl, CaCl2 e PEG) e -1,2MPa (NaCl, CaCl2 e PEG). Avaliou-se a %G, o IVG e o TMG. Em ambas espécies não houve germinação no potencial osmótico mais negativo (-1,2MPa) de CaCl2 e de PEG 6000. Foi verificado também que a germinação nas duas espécies foi mais afetada pelo CaCl2, não havendo germinação a partir de -0,8MPa de CaCl2. As sementes de catingueira evidenciaram uma maior tolerância ao estresse salino, enquanto que as sementes de angico suportaram melhor a condição de deficiência hídrica.
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