Análise da influência do diâmetro no rendimento em madeira serrada de cambará (Qualea sp.)
DOI:
https://doi.org/10.4336/2016.pfb.36.88.1151Palavras-chave:
Madeiras da Amazônia; Rentabilidade; SerrariaResumo
Este trabalho teve como objetivo determinar e avaliar o rendimento da madeira serrada de Cambará (Qualea sp.) em diferentes classes de diâmetro. O estudo foi realizado em uma serraria localizada na região Norte do Estado de Mato Grosso onde foram selecionadas sessenta toras aleatoriamente e estas, agrupadas em quatro classes de quinze toras cada. As classes avaliadas apresentaram madeiras com diâmetros inferiores a 55 cm (Classe I), com diâmetros variando entre 55 e 65 cm (Classe II), entre 65 e 75 cm (Classe III) e superiores a 75 cm (Classe IV). Em média, observou-se para o cambará o rendimento médio de aproximadamente 52%. Observou-se ainda que a classe diamétrica influenciou significativamente o rendimento do cambará, sendo a Classe IV a que proporcionou à espécie o maior rendimento. Entretanto, não verificou-se tendência linear significativa para relação entre estas variáveis e sim, um comportamento parabólico, com os maiores percentuais de aproveitamento da madeira observados para a maior e menor classe avaliadas.
Downloads
Referências
Angelo, H. et al. Análise econômica da indústria de madeiras tropicais: o caso do polo de Sinop, MT. Ciência Florestal, v. 14, n. 2, p. 91-101, 2004. DOI: 10.5902/198050981809.
Bento, G. Base florestal de MT quer consolidar raízes e crescer ainda mais. Cuiabá: Cipem, [2015]. Disponível em: . Acesso em: 14 maio 2015.
Biasi, C. P. & Rocha, M. P. Rendimento em madeira serrada e quantificação de resíduos para três espécies tropicais. Floresta, v. 37, n. 1, p. 95-108, 2007. DOI: 10.5380/rf.v37i1.7845.
Botin, A. A. Influência das diferentes alturas de corte na qualidade produtividade e rendimento da madeira serrada de Qualea sp. na região norte do Estado de Mato Grosso. 2011. 61 f. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) - Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop.
Brand, M. A. et al. Caracterização do rendimento e quantificação dos resíduos gerados em serraria gerado através do balanço de materiais. Floresta, v. 32, n. 2, p. 247-59, 2001. DOI: 10.5380/rf.v32i2.2288.
Egas, A. F. Noções sobre a produção de madeira serrada. Maputo: UEM, 2000. 98 p.
Elvin, C. T. et al. The forest products industry in Southeast Asia: An emphasis on Indonesia. Forest Products Journal, v. 43, n. 5, p. 15-44, 1993.
FAO. Faostat: forestry production and trade. Disponível em: < http://faostat3.fao.org/browse/F/FO/E>. Acesso em: 25 jun. 2015.
Garcia, F. M. et al. Rendimento no desdobro de toras de itaúba (Mezilaurus itauba) e tauarí (Couratari guianensis) segundo a classificação da qualidade da tora. Floresta e Ambiente, v. 19, p. 468-474, 2012. DOI: 10.4322/floram.2012.059.
Garcia, F. M. Rendimento operacional de uma serraria com a espécie cambará (Qualea albiflora Warm.) na região amazônica. 2013. 83f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu.
Juizo, C. G. F. et al. Influência da classe diamétrica no rendimento em madeira serrada de duas espécies nativas de Moçambique. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 35, n. 83, p. 293-298, 2015. DOI: 10.4336/2015.pfb.35.83.785.
Manhiça, A. A. et al. Eficiência operacional no desdobro de Pinus utilizando modelos de corte numa serraria de pequeno porte. Cerne, v.19, n. 2, p. 339-346, 2013. DOI: 10.1590/S0104-77602013000200019.
Marchesan, R. Rendimento e qualidade de madeira serrada de três espécies tropicais. 2012. 92 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Melo, R. R. et al. Vouchers for releasing forestry credit (CLCF) for Sinop, Mato Grosso, Brazil. Nativa, v. 3, n. 1, p. 36-43, 2015. DOI: 10.14583/2318-7670.v03n01a06.
Miranda, G. M. et al. Contribuição da casca na composição do custo de transporte da madeira de eucalipto. Revista Árvore, v. 26, n. 2, p.145-148, 2002.
Murara Junior, M. I. et al. Rendimento em madeira serrada de Pinus taeda para duas metodologias de desdobro. Floresta, v. 35, n. 3, p. 473-483, 2005. DOI: 10.5380/rf.v35i3.5186.
Ojo, O. & Obalokun, B. M. Analyses of productivity and technical efficiency of sawmill industries in Nigeria. Journal of Tropical Forest Science, v. l7, n. 3, p. 428-437, 2005.
Piovesan, P. R. R. et al. Rendimento na produção de madeira serrada de ipê (Handroanthus sp). Enciclopédia Biosfera, v. 9, n. 17, p. 2315-2329, 2013.
Ribas C. et al. Estudo da influência do diâmetro e do comprimento das toras de Pinus elliottii na produção de madeira serrada e de resíduos de serraria. Revista do Instituto Florestal, v. 1, n. 1, p. 51-65, 1989.
Rocha, M. P. Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus dunnii Maiden como fontes de matéria-prima para serrarias. 2000. 185 f. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Rocha, M. P. Técnicas de serrarias. In: Oliveira, J. T. S. et al. (Org.). Tecnologias aplicadas ao setor madeireiro. Jerônimo Monteiro: Suprema, 2007. p. 209-270.
Sim, H. C. Yields of rubberwood sawn timber. Journal of Tropical Forest Science, v. 2, n. 1, p. 48-55, 1989.
Tsoumis, G. Science and technology of wood: structure, properties, utilization. New York: Champman and Hall, 1991.
Valério, Ã. F. et al. Modelagem para a estimativa do rendimento no desdobro de toras de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze. Floresta, v. 39, n. 3, 2009. DOI: 10.5380/rf.v39i3.15361.
Valério, A. F. et al. Quantificação de resíduos e rendimento no desdobro de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze. Floresta, v. 37, n. 3, 2007. DOI: 10.5380/rf.v37i3.9934.
Vital, B. R. Planejamento e operação de serrarias. Viçosa, MG: UFV, 2008. 211 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Rafael Rodolfo de Melo, Matheus Justen Rocha, Francisco Rodolfo Junior, Diego Martins Stangerlin
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas ao autor correspondente.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA.
Os autores podem usar o artigo após a publicação, sem a autorização prévia da PFB, desde que os créditos sejam dados à Revista.
A revista se reserva o direito de distribuição dos conteúdos no suporte online e/ou impresso sob uma Licença Creative Commons.
As opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores e não da PFB.