Efeito da assepsia superficial na germinação e incidência de fungos em sementes de espécies florestais
DOI:
https://doi.org/10.4336/2016.pfb.36.87.1234Palavras-chave:
Semente florestal, Sanidade florestal, PlântulasResumo
O objetivo deste estudo foi testar tratamentos de assepsia e sua influência na germinação e sanidade de sementes de quatro espécies florestais: Bauhinia forficata, Cedrela fissilis, Parapiptadenia rigida e Senegalia bonariensis. As sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos: controle (T0); NaClO 1% por 3 min (T1); NaClO 2% por 1 min + 1 enxágue com água destilada (T2); álcool 70% por 1 min + triplo enxágue em água destilada + NaClO 0,5% por 1 min + triplo enxágue com água destilada (T3); Lysoform® por 1 min (T4); e álcool 70% por 1 min + NaClO 1% por 1 min + 1 enxágue com água destilada por 1 min (T5). Após, as sementes foram submetidas ao teste de germinação, sendo registrado comprimento, massa fresca e massa seca de plântulas, e teste de sanidade. Para B. forficata recomenda-se o tratamento T2, com aumento do potencial germinativo e comprimento de plântulas, sendo o mesmo recomendado para C. fissilis para aumento da germinação e redução da incidência de Fusarium sp.; todos os tratamentos de assepsia reduzem a incidência de fungos de armazenamento em P. rigida, porém não há influência sobre a germinação; e para S. bonariensis não há necessidade de assepsia. Os tratamentos de assepsia recomendados podem ser utilizados rotineiramente em sementes das espécies florestais estudadas.
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