Controle químico de plantas daninhas em povoamentos de restauração florestal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4336/2018.pfb.38e201701524

Palavras-chave:

Glifosato, Espécie nativa, Conservação da floresta

Resumo

Objetivou-se avaliar o emprego do tratamento químico, com herbicida a base de glifosato, na formação de povoamentos de restauração florestal em áreas com predominância de braquiária, em comparação ao controle mecânico. O tratamento químico foi realizado através de capina em faixas de 1,2 m, antes do plantio, e quando a braquiária apresentava altura média de 30 cm, aplicando-se glifosato na dose de 1,44 kg ha-1, nas entrelinhas. O tratamento com controle mecânico consistiu de capinas em faixas de 1,2 m nas linhas de plantio e roçadas nas entrelinhas. Utilizaram-se 10 espécies arbóreas, plantadas no espaçamento 3,2 x 1,7 m. Avaliou-se sobrevivência e crescimento em altura das espécies aos 6, 18 e 30 meses após o plantio e o diâmetro ao nível do solo aos 30 meses. Os custos envolvidos na aplicação e na manutenção de cada tratamento, até 30 meses após o plantio, também foram avaliados. A taxa de sobrevivência sofreu pouca influência dos tratamentos utilizados. Em todas as épocas de avaliação do tratamento químico, as 10 espécies florestais obtiveram maior crescimento em altura, comportamento semelhante ao diâmetro ao nível do solo aos 30 meses. O tratamento mecânico apresentou custo de manutenção, aproximadamente, três vezes superior ao tratamento com glifosato.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Benbrook, C. M. Trends in glyphosate herbicide use in the United States and globally. Environmental Sciences Europe, v. 28, p. 1-15, 2016. DOI: 10.1186/s12302-016-0070-0.
Brancalion, P. H. S. et al. Seletividade dos herbicidas setoxidim, isoxaflutol e bentazon a espécies arbóreas nativas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 44, n. 3, p. 251-257, 2009.
Brancalion, P. H. S. et al. Balancing economic costs and ecological outcomes of passive and active restoration in agricultural landscapes: the case of Brazil. Biotropica, v. 48, n. 6, p. 856-867, 2016. DOI: 10.1111/btp.12383.
Carvalho, P. E. C. (Ed.) Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. v. 1. 1.039 p.
Eloy, E. et al. Período adequado de controle de plantas invasoras em plantios florestais. Revista Ciência da Madeira, v. 5, n. 2, p. 80-84, 2014. DOI: 10.12953/2177-6830.v05n02a01.
Florencia, F. M. et al. Effects of the herbicide glyphosate on non-target plant native species from Chaco forest (Argentina). Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 144, n. 1, p. 360-368, 2017. DOI: 10.1016/j.ecoenv.2017.06.049.
Furtini Neto, A. E. et al. Fertilização em reflorestamento com espécies nativas. In: Gonçalves, J. L. M. & Benedetti, V. (Ed.). Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba: IPEF, 2000. p. 352-383.
Instituto Estadual do Ambiente. Resolução INEA nº 89, de 03 de junho de 2014. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 5 jun. 2014.
Klippel, V. H. et al. Avaliação de métodos de restauração florestal de Mata de Tabuleiros-ES. Revista Árvore, v. 39, n. 1, p. 69-79, 2015. DOI: 10.1590/0100-67622015000100007.
Leles P. S. S. et al. Influências do espaçamento de plantio na restauração florestal. In: Leles, P. S. S. & Oliveira Neto, S. N. (Ed.). Restauração florestal e a Bacia do Rio Guandu. Seropédica: Edur, 2015. p. 107-140.
Maciel, C. D. G. et al. Coroamento no controle de plantas daninhas e desenvolvimento inicial de espécies florestais nativas. Semina: Ciências Agrárias, v. 32, n. 1, p. 119-128, 2011.
Machado, V. M. et al. Controle químico e mecânico de plantas daninhas em áreas em recuperação. Revista Brasileira de Herbicidas, v. 11, n. 2, p. 139-147, 2012. DOI: 10.7824/rbh.v11i2.153.
Magnago, L. F. S. et al. Modelos de restauração florestal. In: Leles, P. S. S. & Oliveira Neto, S. N. (Ed.). Restauração florestal e a Bacia do Rio Guandu. Seropédica: Edur, 2015. p. 49-70.
Maqueda, C. et al. Behaviour of glyphosate in a reservoir and the surrounding agricultural soils. Science of the Total Environment, v. 593-594, n. 1, p. 787-795, 2017. DOI: 10.1016/j.scitotenv.2017.03.202.
Medeiros, W. N. et al. Crescimento inicial e concentração de nutrientes em clones de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis sob interferência de plantas daninhas. Ciência Florestal, v. 26, n. 1, p. 147-157, 2016. DOI: 10.5902/1980509821099.
Moraes, P. V. D. & Rossi, P. Comportamento ambiental do glyphosate. Revista Scientia Agraria Paranaensis, v. 9, n. 3, p. 22-35, 2010.
Nieweglowski Filho, M. et al. Controle químico de plantas daninhas utilizando diferentes pontas de pulverização. Scientia Agraria, v. 15, n. 1, p. 33-37, 2014. DOI: 10.5380/rsa.v15i1.41097.
Okada, E. et al. Adsorption and mobility of glyphosate in different soils under no-till and conventional tillage. Geoderma, v. 263, n. 1, p. 178-85, 2016. DOI: 10.1016/j.geoderma.2015.09.009.
Pereira, M. R. R. et al. Subdoses de glyphosate no desenvolvimento de espécies arbóreas nativas. Biosciense Journal, v. 31, n. 2, p. 326-332, 2015. DOI: 10.14393/bj-v31n2a2015-21924.
Pereira, F. C. et al. Interferência de plantas daninhas: conceitos e exemplos na cultura do eucalipto. Journal of Agronomic Sciences, v. 3, n. especial, p. 236-255, 2014.
Resende, A. S. & Leles, P. S. S. O problema do controle de plantas daninhas na restauração florestal.In: ______. (Ed.). Controle de plantas daninhas em restauração florestal. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2017. p. 13-27.
Resende et al. Características e expectativa de crescimento de espécies florestais nativas da Mata Atlântica recomendadas para plantios de restauração florestal em função da posição da paisagem de plantio. In: Resende, A. S. & Leles, P. S. S. (Ed.) Controle de plantas daninhas em restauração florestal. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2017. p. 100-107.
Santos, H. G. et al. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília, DF: Embrapa, 2013. 353 p.
Saeg: sistema para análises estatísticas. Saeg versão 9.1. 2007. Disponível em: < http://arquivo.ufv.br/saeg/download.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
Silva, A. A. et al. Métodos de controle de plantas daninhas. In: Silva, A. A. & Silva, J. F. (Ed.). Tópicos em manejo de plantas daninhas. Viçosa, MG: Ed da UFV, 2009. p. 63-81.
Souza, L. S. et al. Efeito alelopático de plantas daninhas e concentrações de capim-braquiária (Brachiaria decumbens) no desenvolvimento inicial de eucalipto (Eucalyptus grandis). Planta Daninha, v. 21, n. 3, p. 343-354, 2003.
Toledo, R. E. B. et al. Faixas de controle de plantas daninhas e seus reflexos no crescimento de plantas de eucalipto. Scientia Forestalis, n. 64, p. 78-92, 2003.

Downloads

Publicado

29-12-2018

Como Citar

SANTOS, Flávio Augusto Monteiro dos; LELES, Paulo Sérgio dos Santos; SANTANA, João Elves da Silva; NASCIMENTO, Daniel Ferreira do; MACHADO, Aroldo Ferreira Lopes. Controle químico de plantas daninhas em povoamentos de restauração florestal. Pesquisa Florestal Brasileira, [S. l.], v. 38, 2018. DOI: 10.4336/2018.pfb.38e201701524. Disponível em: https://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/1524. Acesso em: 5 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.