Distribuição espacial de táxons anemocóricos e zoocóricos em fragmentos de Floresta Ombrófila Mista
DOI:
https://doi.org/10.4336/2019.pfb.39e201801700Palavras-chave:
Dispersão de sementes, Araucária, Função K de RipleyResumo
O objetivo desse trabalho foi avaliar o padrão espacial das espécies anemocóricas e zoocóricas em ambientes com diferentes densidades de indivíduos. O estudo foi realizado em dois fragmentos de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana: um sob sistema silvipastoril e outro em uma floresta em processo de sucessão secundária, no município de Turvo, PR. Foram registradas as coordenadas (x, y) de cada ponto, sendo o padrão espacial analisado com a aplicação da função K de Ripley, na forma univariada, utilizando-se o pacote Splancs. Na área sob sistema silvipastoril, as espécies anemocóricas apresentam-se de forma agregada, enquanto que as espécies com síndrome de dispersão zoocórica apresentam padrão agregado até 15 m e aleatório nas classes superiores. Na área em sucessão secundária, as espécies anemocóricas estão agregadas em todas as classes de distância. Possivelmente, fatores mais complexos, como a ecologia dos dispersores, relações interespecíficas e características ambientais, podem definir a distribuição espacial de algumas espécies.
Downloads
Referências
Araújo, E. J. G. et al. Padrão espacial de espécies arbóreas em fragmento de floresta estacional semidecidual. Amazonian Journal of Agricultural and Environmental Sciences, v. 57, n. 2, p. 166-171, 2014. http://dx.doi.org/10.4322/rca.2014.010.
Budke, J. C. et al. Composição florística e estratégias de dispersão de espécies lenhosas em uma floresta ribeirinha, arroio Passo das Tropas, Santa Maria, RS, Brasil. Iheringia (Série Botânica), v. 60, n. 1, p. 17-24. 2005.
Callegaro, R. M. et al. Potencial de três plantações florestais homogêneas como facilitadoras da regeneração natural de espécies arbutivo-arbóreas. Scientia Forestalis, v. 41, n. 99, p. 331-341, 2013. http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v03n04a05.
Callegaro, R. M. et al. Regeneração natural avançada de um fragmento de mata ciliar em Jaguari, RS, Brasil. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 7, n. 2, p. 315-321, 2012. http://dx.doi.org/10.5039/agraria.v7i2a1528.
Carvalho, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1. 1039 p.
______. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. v. 2. 627 p.
______. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. v. 3. 593 p.
______. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2010. v. 4. 644 p.
Catharino, E. L. M. et al. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, v. 6, n. 2, p. 1-28, 2006. http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032006000200004.
Dan, M. et al. Estrutura da comunidade arbórea de fragmentos de floresta estacional semidecidual na bacia hidrográfica do rio São Domingos, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia, v. 61, n. 4, p. 749- 766, 2010. http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860201061414.
Ferreira, P. I. et al. Espécies potenciais para recuperação de Áreas de Preservação Permanente no Planalto Catarinense. Floresta e Ambiente, v. 20, 2013. http://dx.doi.org/10.4322/floram.2013.003.
Gressler, E. et al. Pollination and seed dispersal of Brazilian Myrtaceae. Brazilian Journal of Botany, v. 29, n. 4, p. 509-530, 2006. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042006000400002.
Grings, M. & Brack, P. Árvores na vegetação nativa de Nova Petrópolis, Rio Grande do Sul. Iheringia (Série Botânica), v. 64, n. 1, p. 5-22, 2009.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro, RJ, 2012. 217 p.
Kang, H. et al. Population structure and spatial pattern of predominant tree species in a pine-oak mosaic mixed forest in the Qinling Mountains, China. Journal of Plant Interactions, v. 12, n. 1, p. 78-86, 2017. http://dx.doi.org/10.1080/17429145.2017.1283069.
Kanieski, M. R. et al. Diversidade e padrões de distribuição espacial de espécies no estágio de regeneração natural em São Francisco De Paula, RS, Brasil. Revista Floresta, v. 42, n. 3, p. 509-518, 2012. http://dx.doi.org/10.5380/rf.v42i3.25037.
Lima, P. G. C. et al. Plantas medicinais em feiras e mercados públicos do Distrito Florestal Sustentável da BR-163, estado do Pará, Brasil. Acta Botânica Brasilica, v. 25, n. 2, p. 422-434, 2011. DOI: 10.1590/S0102-33062011000200018.
Marmontel, C. V. F. et al. Caracterização da vegetação secundária do bioma Mata Atlântica com base em sua posição na paisagem. Bioscience Journal, v. 29, n. 6, p. 2042-2052, 2013.
Miachir, J. Caracterização da vegetação remanescente visando à conservação e restauração florestal no município de Paulínia-SP. 2009. 121 f. Tese (Doutorado em Ecologia Aplicada) - Universidade de São Paulo, Piracicaba.
Negrini, M. et al. Dispersão, distribuição espacial e estratificação vertical da comunidade arbórea em um fragmento florestal no Planalto Catarinense. Revista Árvore, v. 36, n. 5, p. 919-929, 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622012000500014.
Paludo, G. F. et al. Estrutura demográfica e padrão espacial de uma população natural de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucariaceae), na reserva genética florestal de caçador, estado de Santa Catarina. Revista Árvore, v. 33, n. 6, p. 1109-1121, 2009. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622009000600013.
Peres, C. A. & Roosmalen, M. V. Patterns of primate frugivory inAmazonia and the Guianan shield: Implications to the demography oflarge-seeded plants in overhunted tropical forests. In: Levey, D. et al. (Ed.). Seed dispersal and frugivory: ecology, evolutionand conservation, Oxford: CABI International, 2002. p. 407-423.
R Development Core Team. R: a language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing, 2008.
Ren, H. et al. Nurse plant theory and its application in ecological restoration in lower subtropics of China. Progress in Natural Science, v. 18, n. 2, p. 137-142. 2008. http://dx.doi.org/10.1016/j.pnsc.2007.07.008.
Ripley, B. D. Modelling spatial patterns. Journal of the Royal Statistic Society, v. 39, p. 172-212, 1977.
Rode, R. et al. Análise do padrão espacial de espécies e de grupos florísticos estabelecidos em um povoamento de Araucaria angustifolia em uma Floresta Ombrófila Mista no Centro-Sul do Paraná. Revista Floresta, v. 40, n. 2, p. 255-268, 2010. http://dx.doi.org/10.5380/rf.v40i2.17821.
Rowlingson, B. & Diggle, P. Splancs: spatial and space-time point pattern analysis. Austria: R Development Core Team, 2004. (R package version 2.01-15).
Santos, H. G. dos et al. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3 ed. Brasília, DF: Embrapa, 2013. 353 p.
Scherer, A. et al. Regeneração arbórea num capão de restinga no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia (Série Botânica), v. 62, n. 1-2, p. 89-98, 2007.
Silvestre, R. et al. Análise estrutural e distribuição espacial em remanescente de Floresta Ombrófila Mista, Guarapuava (PR). Revista Ambiência, v. 8, n. 2, p. 259-274, 2012. http://dx.doi.org/10.5777/ambiencia.2012.02.03.
Townsend, C. R. et al. (Ed.). Fundamentos em ecologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 576 p.
Urbanetz, C. et al. Padrão espacial, escala e síndromes de dispersão. 2003. Disponível em: <https://www2.ib.unicamp.br/profs/fsantos/relatorios/ne211r3a2003.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2018.
Van Der Pijl, L. Principles of dispersal in higher plants. Berlin: Springer-Verlag, 1982. 162 p.
Vieira, F. A. et al. Spatial pattern and finescale genetic structure indicating recent colonization of the palm Euterpe edulis in a Brazilian Atlantic forest fragment. Biochem Genet, v. 48, p. 96-103, 2010. http://dx.doi.org/10.1007/s10528-009-9298-3.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas ao autor correspondente.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA.
Os autores podem usar o artigo após a publicação, sem a autorização prévia da PFB, desde que os créditos sejam dados à Revista.
A revista se reserva o direito de distribuição dos conteúdos no suporte online e/ou impresso sob uma Licença Creative Commons.
As opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores e não da PFB.