Exposição de trabalhadores a ruído e vibração em atividades de colheita florestal semimecanizada
DOI:
https://doi.org/10.4336/2020.pfb.40e201901703Palavras-chave:
Ergonomia, Fatores ambientais, Máquinas florestaisResumo
Objetivou-se analisar o nível de exposição de trabalhadores a ruídos e vibração de mãos e braços por máquinas utilizadas na colheita semimecanizada de madeira. A pesquisa foi realizada em áreas operacionais de uma empresa florestal na região Sul do Espírito Santo, em povoamentos de Pinus elliottii com 40 anos de idade. Analisou-se ruído e vibração nas atividades parciais do ciclo de trabalho do corte com motosserra e extração de madeira com trator agrícola equipado com grua e carreta. O nível de exposição a ruídos foi mensurado com dosímetro e a vibração com acelerômetro, seguindo as normas NHO-01 e ISO 5349-1. As atividades de corte e extração superaram o limite de exposição a ruídos, apresentando 100,8 dB (A) e 91,3dB (A), respectivamente. Para o corte, a análise de vibração demonstrou níveis de fadiga em ambos os eixos estudados, destacando o desgalhamento com maior exposição (0,265 m s-²). Observaram-se níveis de fadiga nos eixos xy dos membros superiores dos trabalhadores durante a extração, com destaque para o deslocamento carregado e vazio (0,174 m s-²). Observa-se a necessidade de adoção de medidas que diminuam a exposição dos operários à s condições inadequadas, sendo consideradas indispensáveis para o desempenho das atividades.
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