Sazonalidade da umidade de equilíbrio da madeira para o Estado de Mato Grosso

Autores

  • Adilson Pacheco de Souza Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais
  • Diego Martins Stangerlin Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais
  • Rafael Rodolfo de Melo Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais
  • Eduardo Morgan Uliana Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais

DOI:

https://doi.org/10.4336/2016.pfb.36.88.811

Palavras-chave:

Climatologia, Secagem natural, Higroscópico

Resumo

Por ser um material orgânico, heterogêneo e higroscópico, a madeira pode apresentar variações dimensionais e deformações decorrentes da interação com o ambiente. Em uso ou nos processos de secagem, quando são atingidos os equilíbrios entre a madeira e o ar atmosférico, têm-se a obtenção da umidade de equilíbrio da madeira (UEM). Em função da elevada importância dessa matéria-prima para o Estado de Mato Grosso, torna-se fundamental conhecer a sazonalidade de UEM. O presente trabalho objetivou estimar a UEM da madeira, pelo modelo de Simpson, para 30 municípios do Estado de Mato Grosso, distribuídos nas diferentes regiões de planejamento do Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico do Estado. Os dados meteorológicos foram obtidos da Rede de Estações Meteorológicas Automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia, entre 2006 e 2012. A UEM foi estimada diariamente, com posterior obtenção das médias mensais. Na estação seca ocorreram variações da UEM entre 5,08 e 9,57% e no período chuvoso entre 8,58 e 13,49%. Nos meses de janeiro, fevereiro e março ocorrem os maiores valores de UEM no estado. As condições ambientais durante o período seco (julho a setembro) favorecem a secagem natural da madeira serrada, por condicionarem uma secagem mais rápida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adilson Pacheco de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais

http://lattes.cnpq.br/1396815209817592

Diego Martins Stangerlin, Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais

http://lattes.cnpq.br/8510628107164043

Rafael Rodolfo de Melo, Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais

http://lattes.cnpq.br/6281797821607307

Eduardo Morgan Uliana, Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais

http://lattes.cnpq.br/2355209690082964

Referências

Alves, E. D. L. & Biudes, M. S. Padrões da temperatura do ar e da umidade relativa: estudo de caso no campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso. Boletim de Geografia, v. 30, n. 3, p. 5-16, 2013. DOI: 10.4025/bolgeogr.v30i3.13114.

Anjos, V. A. et al. Caracterização do processo de secagem da madeira nas serrarias do município de Sinop, Mato Grosso. Ciência da Madeira, v. 2, n. 1, p. 53-63, 2011. DOI: 10.12953/2177-6830.v02n01a05.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7190: projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 1997. 107 p.

Baraúna, E. E. P. & Oliveira, V. S. Umidade de equilíbrio da madeira de Angelim vermelho (Dinizia excelsa Ducke), guariúba (Clarisia racemosa Ruiz & Pav.) e taurarí vermelho (Cariniana micrantha Ducke) em diferentes condições de temperatura e umidade relativa. Acta Amazonica, v. 39, n. 1, p. 91-96, 2009. DOI: 10.1590/S0044-59672009000100009.

Baronasa, R. et al. Modelling of moisture movement in wood during outdoor storage. Nonlinear analysis: modeling and control, v. 6, n. 2, p. 3-14, 2001.

Cassiano, C. et al. Sazonalidade e estimativas da umidade de equilíbrio de madeiras amazônicas em Sinop, Estado do Mato Grosso. Scientia Forestalis, v. 41, n. 100, p. 457-468, 2013.

Chen, Z. et al. Equilibrium moisture content of Norway spruce at low temperature. Wood and Fiber Science, v. 41, n. 3, p. 325-328, 2009.

Fioresi, T. et al. Umidade de equilíbrio da madeira na região Norte do Rio Grande do Sul em diferentes estações do ano. Ciência da Madeira, v. 5, n. 1, p. 34-41, 2014.

Galvão, A. P. M. Estimativas da umidade de equilíbrio da madeira em diferentes cidades do Brasil. IPEF, v. 11, n. 1, p. 53-65, 1975.

Hailwood, A. J. & Harrobin, S. Absorption of water by polymers: analysis in terms of a simple model. Transactions of the Faraday Society, v. 42b, p. 84-102, 1946.

Jankowsky, I. P. et al. Estimativas da umidade de equilíbrio para cidades da região Sul do Brasil. IPEF, v. 32, n. 1, p. 61-64, 1986.

Jankowsky, I. P. & Galvão, A. P. M. Influência do teor de extrativos na umidade de equilíbrio da madeira. IPEF, v. 8, n. 1, p. 1-33, 1979.

Kilic, A. & Niemz, P. Extractives in some tropical woods. European Journal of Wood and Wood Products, v. 70, n. 1, p. 79-83, 2012. DOI: 10.1007/s00107-010-0489-8

Kollmann, F. F. P. & Côte Junior, W. A. Principles of wood science and technology. New York: Springer - Verlag, 1968. 592 p.

Martins, V. A. et al. Umidade de equilíbrio e risco de apodrecimento da madeira em condições de serviço no Brasil. Brasil Florestal, v. 22, n. 76, p. 29-34, 2003.

Mato Grosso. Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso. Mapa síntese do zoneamento socioeconômico ecológico - ZSEE. 2008. Disponível em: <http://www.seplan.mt.gov.br/-/3704951-zsee?ciclo=cv_gestao_inf >. Acesso em: 30 jun. 2014.

Medeiros, R. M. et al. Variabilidade da umidade relativa do ar e da temperatura máxima na bacia hidrográfica do Rio Uruçuí Preto. Revista Educação Agrícola Superior, v. 28, n. 1, p. 44-50, 2013. DOI: 10.12722/0101-756X.v28n01a07.

Mendes, L. M. & Arce, J. E. Análise comparativa das equações utilizadas para estimar a umidade de equilíbrio da madeira. Cerne, v. 9, n. 2, p. 141-152, 2003.

Panshin, A. J. & De Zeeuw, C. Textbook of wood technology. 4 ed. New York: McGraw-Hill, 1980. 722 p.

Pérez-Peña, N. et al. Predicción del contenido de humedad de equilibrio de la madera em función del peso específico de la pared celular y variables ambientales. Maderas. Ciencia y Tecnología, v. 13, n. 3, p. 253-266, 2011. DOI: 10.4067/S0718-221X2011000300002.

Queiroz, A. T. & Costa, R. A. Caracterização e variabilidade climática em séries de temperatura, umidade relativa do ar e precipitação em Ituiutaba - MG. Caminhos de Geografia, v. 13, n. 43, p. 346-357, 2012.

Santos, R. B. et al. Planejamento da pulverização de fungicidas em função das variáveis meteorológicas na região de Sinop - MT. Global Science and Technology, v. 6, n. 1, p. 72-88, 2013. DOI: 10.14688/1984-3801.v06n01a07.

Silva, J. C. & Oliveira, J. T. S. Avaliação das propriedades higroscópicas da madeira de Eucalyptus saligna Sm., em diferentes condições de umidade relativa do ar. Revista Árvore, v. 27, n. 2, p. 233-239, 2003.

Simpson, W. T. Equilibrium moisture content prediction for wood. Forest Products Journal, v. 21, n. 5, p. 48-49, 1971.

Skaar, C. Water in wood. New York: Syracuse University Press, 1972. 218p.

Souza, A. P. et al. Classificação climática e balanço hídrico climatológico no estado de Mato Grosso. Nativa, v. 1, n. 1, p. 34-43, 2013. DOI: 10.1453/2318-7670.v01n01a07.

Streck, N. A. et al. Variabilidade interdecadal na série secular de temperatura do ar em Santa Maria, RS. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 46, n. 8, p. 781-790, 2011. DOI: 10.1590/S0100-204X2011000800001.

Varejão-Silva, M. A. Meteorologia e climatologia. Brasília, DF: INMET, 2006. 463 p.

Downloads

Publicado

30-12-2016

Como Citar

SOUZA, Adilson Pacheco de; STANGERLIN, Diego Martins; MELO, Rafael Rodolfo de; ULIANA, Eduardo Morgan. Sazonalidade da umidade de equilíbrio da madeira para o Estado de Mato Grosso. Pesquisa Florestal Brasileira, [S. l.], v. 36, n. 88, p. 423–433, 2016. DOI: 10.4336/2016.pfb.36.88.811. Disponível em: https://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/811. Acesso em: 12 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.