Alterações na composição físico-química de pinhões (Araucaria angustifolia) armazenados em diferentes embalagens e ambientes
DOI:
https://doi.org/10.4336/2023.pfb.43e202202262Palavras-chave:
Pós-colheita, Frigoconservação, PolietilenoResumo
O pinhão é um alimento de grande importância econômica e gastronômica no Brasil, mas com dificuldade de conservação pós-colheita. No presente estudo avaliou-se as características dos pinhões armazenados no ambiente doméstico, utilizando-se embalagens de polietileno (PEBD) e juta, sob temperatura ambiente ou refrigeração. Foram realizadas análises, a cada 15 dias (durante 90 dias), da composição centesimal, umidade, atividade de água, perda de massa, cor de casca, cor do endosperma, pH, açúcares solúveis, teor de amido e quantificação de sementes avariadas. O pinhão foi melhor conservado em embalagem de polietileno sob refrigeração, mantendo a umidade, menor perda de massa e cor. Embalagens de juta favoreceram maior degradação da cor e aumento do apodrecimento e brotação. Sugere-se que é viável a comercialização de pinhões mantidos sob refrigeração por até três meses, em embalagem de polietileno.
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