Consumidor de pinhão: hábitos, atributos de importância e percepção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4336/2018.pfb.38e201801655

Palavras-chave:

Alimento vegetal, Produto florestal, Valor nutricional

Resumo

A semente de Araucaria angustifolia, conhecida como pinhão, é um alimento típico da região Sul do Brasil, com identidade histórica e cultural. Além de ser responsável pela renda de pequenos produtores, é um alimento com grande potencial nutricional e energético, pois contém amido resistente e compostos bioativos. A valorização do pinhão pode colaborar para a conservação da araucária, reduzindo o desmatamento. Para atingir esse objetivo, é importante conhecer o perfil do consumidor de pinhão, seus hábitos e preferências. Foi realizado um estudo com 183 consumidores em feiras, supermercados, sacolões e vendedores ambulantes, na região de Curitiba, PR, durante a época do ano com produção de pinhão. Utilizou-se um questionário sobre dados sócio demográficos, frequência de consumo, atributos de importância e percepção quanto ao valor nutricional. O produto é comprado a granel por mulheres em supermercados e feiras. Em geral, selecionam as sementes de maior tamanho, mais volumosas, brilhantes e com tonalidade tendendo ao amarelo (mais clara). O consumo é semanal, de preferência à tarde e à noite, servido quente. O pinhão é percebido como um alimento natural, benéfico à saúde, que não é caro e não é gorduroso, podendo ser consumido por toda a família.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Greice Godoy dos Santos, Universidade Federal de Santa Maria

Acadêmica do curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria. Bolsista de Iniciação científica no Grupo de Pesquisa em Melhoramento e Manejo do Feijão no Departamento de Fitotecnia da mesma instituição. Possui experiência na área de Agronomia, com ênfase em melhoramento genético.

Referências

Almeida, A. N. et al. Análise do mercado dos principais produtos não madeiráveis do Estado do Paraná. Floresta, v. 39, n. 4, p. 753-763, 2009. DOI: 10.5380/rf.v39i4.16310.

Andrade, J. C. de et al. Percepção do consumidor frente aos riscos associados aos alimentos, sua segurança e rastreabilidade. Brazilian Journal of Food Technology, v. 16, n. 3, p. 184-191, 2013. DOI: 10.1590/S1981-67232013005000023.

Andrade, L. M. S. & Bertoldi, M. C. Atitudes e motivações em relação ao consumo de alimentos orgânicos em Belo Horizonte - MG. Brazilian Journal of Food Technology, v. 15, p. 31-40, 2012. DOI: 10.1590/S1981-67232012005000034.

Capella, A. C. V. et al. Semente de Araucaria angustifolia: aspectos morfológicos e composição química da farinha. Boletim Centro de Pesquisa do Processamento de Alimentos, v. 27, n. 1, p. 135-142, 2009.

Carvalho, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA-CNPF; Brasília, DF: EMBRAPA-SPI, 1994. 639 p.

Casotti, L. Ã mesa com a família: um estudo do comportamento do consumidor de alimentos. Rio de Janeiro: Mauad, 2002. 160 p.

Companhia Nacional de Abastecimento. Pinhão (semente). Conjuntura Especial, set. 2014.

Cordenunsi, B. R. et al. Chemical composition and glycemic index of Brazilian pine Araucária angustisfolia seeds. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 52, n. 11, p. 3412-3416, 2004. DOI: 10.1021/jf034814l.

Danner, M. A. et al. O cultivo da araucária para produção de pinhões como ferramenta para a conservação. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 32, n. 71, p. 441-451, 2012. DOI: 10.4336/2012.pfb.32.72.441.

Dutcosky, S. D. Sensory analysis of foods. 4. ed. Curitiba: Champagnat, 2013. 244 p.

Edwards, J. S. S. et al. The influence of eating location on the acceptability of identically prepared foods. Food Quality and Preference, v. 14, n. 8, p. 647-652, 2003. DOI: 10.1016/S0950-3293(02)00189-1.

Feldmann, C. & Hamm, U. Consumers´ perceptions and preferences for local food: a review. Food Quality and Preference, v. 40, pt. A, p. 152-164, 2015. DOI: 10.1016/j.foodqual.2014.09.014.

Gilbert, A. N. et al. The color of emotion: a metric for implicit color associations. Food Quality and Preference, v. 52, p. 203-210, 2016. DOI: 10.1016/j.foodqual.2016.04.007.

Hoefkens, C. et al. European consumers´ perceived importance of qualifying and disqualifying nutrients in food choices. Food Quality and Preference, v. 22, n. 6, p. 550-558, 2011. DOI: 10.1016/j.foodqual.2011.03.002.

Hung, Y. et al. Motivation outweighs ability in explaining European consumers´ use of health claims. Food Quality and Preference, v. 58, p. 34-44, 2017. DOI: 10.1016/j.foodqual.2017.01.001.

King, S. C. et al. Measuring emotions associated with foods in consumer testing. Food Quality and Preference, v. 21, n. 8, p. 1114-1116, 2010. DOI: 10.1016/j.foodqual.2010.08.004.

Koehnlein, E. A. et al. Antioxidant activities and phenolic compounds of raw and cooked Brazilian pinhão (Araucaria angustifolia) seeds. African Journal of Food Science v. 21, n. 6, p. 512-518, 2012. DOI: 10.5897/AJFS12.128.

Lee, J. et al. Consumer acceptance for green tea by consumers in the United States, Korea and Thailand. Journal of Sensory Studies, v. 25, n. s1, p. 109-132, 2010. DOI: 10.1111/j.1745-459X.2010.00287.x.

Likert, R. Novos padrões de administração. São Paulo: Atlas, 1971.

MacFie, H. J. H. Preference mapping and food product development. In: MacFie, H. J. H. (Ed.). Consumer-led food product development. Cambridge: Woodhead Publishing Limited, 2007. p. 551-592.

Manzoco, L. et al. Emotional response to fruit salads with different visual quality. Food Quality and Preference, v. 28, n. 1, p. 17-22, 2013. DOI: 10.1016/j.foodqual.2012.08.014.

Perosa, J. M. Y. et al. Perfil do consumidor de frutas em cidades do interior do Estado de São Paulo - SP. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 34, n. 4, p. 1084-1090, 2012. DOI: 10.1590/S0100-29452012000400015.

Posri, W. & Macfie, H. The influence of testing context on tea bag product acceptance in central location ntests. Journal of Sensory Studies, v. 23, n. 6, p. 835-85, 2008. DOI: 10.1111/j.1745-459X.2008.00190.x.

Reitz, R. & Klein, R. M. Araucariáceas. In: Reitz, R. (Ed.). Flora ilustrada catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1966. 62 p.

Rombaldi, C. W. et al. Percepção de consumidores do Rio Grande do Sul em relação a quesitos de qualidade em frutas. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 29, n. 3, p. 681-684, 2007. DOI: 10.1590/S0100-29452007000300049.

Soares, L. L. S. et al. Escalas atitudinais utilizadas em estudos de consumidor: tradução e validação para a língua portuguesa. Alimentos e Nutrição, v. 17, n. 1, p. 51-64, 2006.

Thomazini, M. J. et al. Incidência e danos da broca-do-pinhão, Cydia araucariae (Pastrana), em sementes de araucária. Colombo: Embrapa Florestas, 2011. 4 p. (Embrapa Florestas. Comunicado técnico, 276).

Tomas, T. et al. Understanding consumers´ attitudes toward fruits and vegetable attributes: a multi-method approach. Journal of Nutritional Therapeutics, v. 4, n. 3, p. 85-92, 2015.

Trevisan, R. et al. Perfil e preferências do consumidor de pêssego (Prunus pérsica) em diferentes regiões produtoras no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 32, n. 1, p. 090-100, 2010. DOI: 10.1590/S0100-29452010005000011.

Universidade Estadual de Campinas. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação. Tabela brasileira de composição de alimentos: TACO. 4. ed. Campinas, 2011. 161 p. Disponível em: < http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2018.

Valor Nutricional Do Pinhão. [Curitiba]: Instituto Cristina Martins; Colombo: Embrapa Florestas, 2011. Folder.

Verain, M. C. C. et al. Consumer segmentation based on food-category attribute importance: the relation with healthiness and sustainability perceptions. Food Quality and Preference, v. 48, pt. A, p. 99-106, 2016. DOI: 10.1016/j.foodqual.2015.08.012.

Vieira-da-Silva, C. & Miguel, L. A. Os canais de comercialização do pinhão e seus agentes, em São Francisco de Paula - RS. Revista Florestal, v. 47, n. 4, p. 489-500, 2017. DOI: 10.5380/rf.v47i4.49570.

Vieira-da-Silva, C. & Reis, M. S. Produção de pinhão na região de Caçador, SC: aspectos da obtenção e sua importância para comunidades locais. Ciência Florestal, v. 19, p. 363-374, 2009. DOI: 10.5902/19805098892.

Yamagushi, L. F. et al. Biflavonoids from Brazilizan pine Araucária angustisfolia as potentials protective against DNA damage and lipoperoxidation. Phytochemistry, v. 66, n. 18, p. 2238-2247, 2005. DOI: 10.1016/j.phytochem.2004.11.014.

Zanette, F. A araucária como fruteira para a produção de pinhões. Jaboticabal: Funep, 2010. 25 p. (Série frutas nativas).

Downloads

Publicado

29-12-2018 — Atualizado em 01-06-2021

Versões

Como Citar

GODOY, Rossana Catie Bueno de; DELIZA, Rosires; NEGRE, Maria de Fátima de Oliveira; SANTOS, Greice Godoy dos. Consumidor de pinhão: hábitos, atributos de importância e percepção. Pesquisa Florestal Brasileira, [S. l.], v. 38, 2021. DOI: 10.4336/2018.pfb.38e201801655. Disponível em: https://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/1655. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos

Artigos Semelhantes

<< < 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.