Produção de progênies inermes de Cnidoscolus phyllacanthus oriundas de árvores nativas em sistema de polinização aberta
Palavras-chave:
Espinho, forragem arbórea, faveleiraResumo
Cnidoscolus phyllacanthus (faveleira), uma Euphorbiaceae xerófila arbórea da caatinga, produz forragem protéica consumida por ruminantes. Seu uso deve ser cuidadoso pela presença de espinhos urticantes nas folhas, ramos finos e frutos, e de substâncias antinutricionais no material fresco. A estreita base genética dos raros mutantes sem espinhos deve ser ampliada com novas plantas sem espinhos obtidas de sementes de polinização livre. Este estudo confirmou a capacidade de seis árvores nativas com espinhos e três sem espinhos, submetida a polinização aberta, de gerar progênies sem espinho, e estimar as proporções de progênies sem espinho. O ensaio desenvolveu-se no laboratório de sementes e no viveiro florestal da UFCG/UAEF, Patos, PB, Brasil, de março de 2002 a novembro de 2003, no delineamento inteiramente casualizado, com nove tratamentos (árvores) e número de repetições dependendo da quantidade de sementes e mudas. As proporções de sementes germinadas e de progênie sem espinho foram comparadas pelo teste t. Todas as árvores produziram progênie sem espinho (5,5% a 20,6%) consistentemente nos dois anos. Três árvores com espinho e duas sem espinho geraram de 15,1% a 20,6% de progênie sem espinho. As progênies sem espinho devem ser cultivadas isoladamente para produzir sementes melhoradas para o caráter sem espinho com ampla base genética para distribuição aos interessados e melhoramento de outras características, tais como a produção de forragem e óleo. Estudos adicionais devem investigar as bases genéticas envolvidas na expressão deste caráter e se outras árvores em outras populações de C. phyllacanthus também produzem progênies inermes.
doi: 10.4336/2010.pfb.30.62.147
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