Higroscopicidade da madeira de três espécies florestais deterioradas por térmitas Nasutitermes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4336/2018.pfb.38e201701528

Palavras-chave:

Eucalipto, Retratibilidade, Qualidade da madeira

Resumo

Este trabalho objetivou avaliar as modificações resultantes do ataque de cupins quanto à higroscopicidade da madeira de Eucalyptus dunnii, E. saligna e Corymbia maculata. Foram utilizados corpos de prova com dimensões de 20 x 20 x 150 mm³ (tangencial x radial x longitudinal), sendo avaliado o teor de umidade de equilíbrio (TUE), as contrações lineares dos planos tangencial e radial (βT e βR), a anisotropia da contração (CAβ), a absorção de água (AA) e a taxa de absorção de água (TAA) de amostras de madeira sadias e deterioradas por térmitas Nasutitermes sp. Verificou-se que o ataque dos térmitas causou aumento no TUE e redução no βT, entretanto, βR e CAβ apresentaram variação entre as diferentes espécies. AA e TAA apresentaram alta intensidade de absorção de água nas primeiras horas de imersão, sendo maiores nas amostras do grupo controle em relação às deterioradas. Possivelmente, as variações nos parâmetros relativos à higroscopicidade da madeira das espécies estudadas estão relacionadas ao aumento da porosidade e deterioração, principalmente da celulose e hemiceluloses, afetando diretamente a capacidade da madeira em absorver e perder umidade, comprometendo a sua qualidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ezequiel Gallio, Universidade Federal de Pelotas

http://lattes.cnpq.br/6224197183272796

Paula Zanatta, Universidade Federal de Pelotas

http://lattes.cnpq.br/7893565664108659

Débora Duarte Ribes, Universidade Federal de Pelotas

http://lattes.cnpq.br/8330231195835120

Rafael Beltrame, Universidade Federal de Pelotas

http://lattes.cnpq.br/1995147035662011

Darci Alberto Gatto, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais / Universidade Federal de Pelotas

http://lattes.cnpq.br/0592339091520248

Referências

Alves, M. V. S. et al. Resistência natural de seis espécies de madeiras da região amazônica a fungos apodrecedores, em ensaios de laboratório. Ciência Florestal, v. 16, n. 1, p. 17-26, 2006. DOI: 10.5902/198050981884.
American Society for Testing and Materials. ASTM D 3345 - 74: standard test method for laboratory evaluation of wood and other cellulosic materials for resistance to termites. West Conshohocke, 2008.
Araújo, B. H. P. et al. Propriedades físicas da madeira de Calycophyllum spruceanum Benth. em função do diâmetro e da posição (base e topo) no fuste. Scientia Forestalis, v. 44, n. 111, p. 759-768, 2016. DOI: 10.18671/scifor.v44n111.22.
Batista, D. C. et al. Densidade básica e retratibilidade da madeira de clones de três espécies de Eucalyptus. Ciência Florestal, v. 20, n. 4, p. 665-674, 2010. DOI: 10.5902/198050982425.
Boonstra, M. J. & Tjeerdsma, B. Chemical analysis of heat treated soft woods. European Journal of Wood and Wood Products, v. 64, p. 204-211, 2006. DOI: 10.1007/s00107-005-0078-4.
Borges, L. M. & Quirino, W. F. Higroscopicidade da madeira de Pinus caribaea var. hondurensis tratado termicamente. Revista Biomassa & Energia, v. 1, n. 2, p 173-182, 2004.
Bouchonneau, N. et al. Análise da absorção de água em dois polímeros expandidos: desenvolvimento do módulo de flutuabilidade de um mini-robô submarino. Polímeros, v. 20, n. 3, p. 181-187, 2010. DOI: 10.1590/S0104-14282010005000032.
Clausen, C. A. Biodeterioration of wood. In: Forest Products Laboratory (United States). Wood handbook: wood as an engineering material. Wisconsin, 2010.
Hill, C. A. S. Wood modification: chemical, thermalandother processes. Chichester: John Wiley & Sons, 2006.
Hornburg, K. F. et al. Qualidade das toras e da madeira serrada de seis espécies de eucalipto cultivadas no litoral de Santa Catarina. Scientia Forestalis, v. 40, n. 96, p. 463-471, 2012.
Logsdon, N. B. et al. Caracterização físico-mecânica da madeira de Cedro-marinheiro, Guarea trichilioides L. (Meliaceae). Scientia Forestalis, v. 36, n. 77, p. 43-51, 2008.
Martins, M. et al. Simulação em uso dos pisos de madeira simulação em uso dos pisos de madeira de Eucalyptus sp e Corymbia maculata. Cerne, v. 19, n. 1, p. 151-156, 2013. DOI: 10.1590/S0104-77602013000100018.
Moraes Neto, S. P. et al. Propriedades mecânicas da madeira de cinco procedências de Pinus caribaea var. hondurensis implantadas no cerrado do Distrito Federal, DF. Planaltina: Embrapa Cerrados, 2009. 20 p. (Embrapa Cerrados. Boletim de pesquisa e desenvolvimento, 251).
Oliveira, J. T. S. et al. Avaliação da retratibilidade da madeira de sete espécies de Eucalyptus. Revista Árvore, v. 34, n. 5, p. 929-936, 2010. DOI: 10.1590/S0100-67622010000500018.
Sendner, C. et al. Interfacial water at hydrophobic and hydrophilic surfaces: slip, viscosity, and diffusion. Langmuir, v. 25, n. 18, p. 10768-10781, 2009. DOI: 10.1021/la901314b.
Stallbaun, P. H. et al. Resistência natural da madeira de Sclerolobium paniculatum Vogel a cupins em condições de laboratório. Floresta e Ambiente, v. 24, e20160013, 2017. DOI: 10.1590/2179-8087.001316.

Downloads

Publicado

11-07-2018

Como Citar

GALLIO, Ezequiel; ZANATTA, Paula; RIBES, Débora Duarte; BELTRAME, Rafael; GATTO, Darci Alberto. Higroscopicidade da madeira de três espécies florestais deterioradas por térmitas Nasutitermes. Pesquisa Florestal Brasileira, [S. l.], v. 38, 2018. DOI: 10.4336/2018.pfb.38e201701528. Disponível em: https://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/1528. Acesso em: 1 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.