Germinação e desenvolvimento inicial de mudas de Plinia peruviana: influência da temperatura e tamanho da semente
DOI:
https://doi.org/10.4336/2023.pfb.43e202102205Palavras-chave:
Jaboticaba, Experimentação de laboratório, PlântulaResumo
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da temperatura e do tamanho da semente na germinação de Plinia peruviana. As sementes foram classificadas em três tamanhos: pequenas (≤ 0,6 cm de diâmetro), médias (0,6 - 1,0 cm) e grandes (≥ 1,5 cm), sendo semeadas em caixas plásticas contendo como substrato vermiculita e Plantimax® (1:1). As caixas foram distribuídas em duas condições de temperatura: ambiente (22 ºC ± 2) e estufa (30 ºC ± 2). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado. Após 45 dias, avaliou-se a germinação (%), índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG), velocidade média de germinação (VMG), número de folhas por plântula (NF), altura da parte aérea das plântulas (APA) e comprimento da maior raiz (CMR). As maiores médias em todas as variáveis foram obtidas com sementes grandes, exceto para TMG. A temperatura de 30 °C ± 2 ocasionou maior IVG, TMG e VMG. Sementes grandes resultaram em mudas de melhor qualidade e quando colocadas para germinar em estufa originaram plântulas com maior NF, APA e CMR. As temperaturas mais elevadas de germinação promovem o desenvolvimento mais rápido de Plinia peruviana.
Downloads
Referências
Alves, M. M. et al. Germinação de sementes de Platymiscium floribundum VOG. (Fabaceae) sob a influência da luz e temperaturas. Ciência Florestal, v. 26, n. 3, p. 971-978, 2016. https://doi.org/10.5902/1980509824225.
Alves, M. M. et al. Potencial fisiológico de sementes de Clitoria fairchildiana R. A. Howard. - Fabaceae submetidas a diferentes regimes de luz e temperatura. Ciência Rural, v. 42, n. 12, p. 2199-2205, 2012. https://doi.org/10.1590/S0103-84782012005000118.
Andrade, R. A. de & Martins, A. B. G. Influence of the temperature in germination of seeds of jabuticaba tree. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 25, n. 1, p. 197-198, 2003. https://doi.org/10.1590/S0100-29452003000100056.
Antunes, L. E. C. et al. Influência do substrato, tamanho de sementes e maturação de frutos na formação de mudas de pitangueira. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 34, n. 4, p. 1216-1223, 2012. https://doi.org/10.1590/S0100-29452012000400031.
Ascheri, D. P. R. et al. Caracterização da farinha de bagaço de jabuticaba e propriedades funcionais dos extrusados. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 26, n. 4, p. 897-905, 2006. https://doi.org/10.1590/S0101-20612006000400029.
Carvalho, N. M. & Nakagawa, J. (ed.). Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed. Jaboticabal: Funep, 2012. 590 p.
Donadio, L. C. Jabuticaba (Myrciaria jabuticaba (Vell.) Berg). Jabuticabal: Funep, 2000. 55 p. (Série Frutas nativas, 3).
Dresch, D. M. et al. Germinação e vigor de sementes de gabiroba em função do tamanho do fruto e semente. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 43, n. 3, p. 262-271, 2013. https://doi.org/10.1590/S1983-40632013000300006.
Ferreira, D. F. Sisvar: a Guide for its Bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e Agrotecnologia, v. 38, n. 2, p. 109-112, 2014. https://doi.org/10.1590/S1413-70542014000200001.
Gaspar, C. M. & Nakagawa, J. Influência do tamanho na germinação e no vigor de sementes de milheto (Pennisetum americanum (L.) Leeke). Revista Brasileira de Sementes, v. 24, n. 1, p. 339-344, 2002. https://doi.org/10.1590/S0101-31222002000100046.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo agropecuário 2006. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1179#resultado. Acesso em: 5 de out. 2022.
Kinupp, V. F. et al. Plinia peruviana - Jabuticaba. In: Coradin, L. et al. (ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2011. p. 198-204.
Krzyzanowski, F. C. et al. (ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: Abrates, 1999.
Labouriau, L. G. A germinação de sementes. Washington: Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, 1983. 174 p.
Lamarca, E. V. et al. Limites térmicos para a germinação em função da origem de sementes de espécies de Eugenia (Myrtaceae) nativas do Brasil. Acta Botânica Brasílica, v. 25, n. 2, p. 293-300, 2011. https://doi.org/10.1590/S0102-33062011000200005.
Larcher, W. Ecofisiologia vegetal. São Carlos: RiMa, 2000. 531 p.
Maguire, J. D. Speed of germination: aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, v. 2, n. 1, p. 176-177, 1962. https://doi.org/10.2135/cropsci1962.0011183X000200020033x.
Mattos, J. L. R. Fruteiras nativas do Brasil: jabuticabeiras. Porto Alegre: Nobel, 1983. 92 p.
Nogueira, N. W. et al. Diferentes temperaturas e substratos para germinação de sementes de Mimosa caesalpiniifolia Benth. Revista de Ciências Agrárias, v. 56, n. 2, p. 95-98, 2013. https://doi.org/10.4322/rca.2013.015.
Salla, V. P. et al. Análise de trilha em caracteres de frutos de jabuticabeira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 50, n. 3, p. 218-223, 2015. https://doi.org/10.1590/S0100-204X2015000300005.
Salomão, L. C. C. et al. Jabuticaba — Myrciaria spp. In: Rodrigues, S. et al. (ed). Exotic fruits. London: Academic Press, 2018. p. 237-244. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-803138-4.00030-7.
Sasso, S. A. Z. et al. Propagação de jabuticabeira por enxertia e alporquia. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 32, n. 2, p. 571-576, 2010a. https://doi.org/10.1590/S0100-29452010005000055.
Sasso, S. A. Z. et al. Propagação de jabuticabeira por estaquia. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 32, n. 2, p. 577-583, 2010b. https://doi.org/10.1590/S0100-29452010005000054.
Silva, B. M. S. & Cesarino, F. Germinação de sementes e emergência de plântulas de jutaí (Hymenaea parvifolia Huber.). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 18, n. 1, supl. I, p. 256-263, 2016. https://doi.org/10.1590/1983-084X/15_178.
Silva, J. A. A. et al. Advances in the propagation of Jabuticaba tree. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 41, n. 3, e-024, 2019. https://doi.org/10.1590/0100-29452019024.
Smiderle, O. J. et al. Morphological aspects of seeds, emergence and growth of seedlings of surinam cherry trees sown at different depths. Journal of Plant Sciences, v. 4, n. 5, p. 119-125, 2016. https://doi.org/10.11648/j.jps.20160405.15.
Souza, O. M. et al. Influência do tamanho da semente na germinação e vigor de plântulas de populações de Camu-Camu. Scientia Agropecuaria, v. 8, n. 2, p. 119-125, 2017. http://dx.doi.org/10.17268/sci.agropecu.2017.02.04.
Suguino, E. et al. A cultura da jabuticabeira. Pesquisa & Tecnologia, v. 9, n. 1, p. 1-8, 2012.
Taiz, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 858 p.
Tedesco, L. et al. Phenological stage of jaboticaba tree (Plinia cauliflora) in the chemical composition of the essential oil of the leaves and antioxidant activity. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e396997305, 2020. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7305.
Wagner Júnior, A. et al. Efeito da temperatura na germinação de sementes de três espécies de jabuticabeira. Revista Ceres, v. 54, n. 314, p. 345-350, 2007.
Wagner Júnior, A. et al. Germinação e desenvolvimento inicial de duas espécies de jabuticabeira em função do tamanho de sementes. Acta Scientiarum Agronomy, v. 33, n. 1, p. 105-109, 2011. https://doi.org/10.4025/actasciagron.v33i1.4881.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Charlene Moro Stefanel, Paola Daiane Welter, Tamara Trentin Weiss, Hazael Soranzo de Almeida, Raviel Afonso Dickel, Renato Trevisan
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas ao autor correspondente.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA.
Os autores podem usar o artigo após a publicação, sem a autorização prévia da PFB, desde que os créditos sejam dados à Revista.
A revista se reserva o direito de distribuição dos conteúdos no suporte online e/ou impresso sob uma Licença Creative Commons.
As opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores e não da PFB.