Sementes de Peltophorum dubium submetidas ao condicionamento osmótico aumentam a germinação e vigor
DOI:
https://doi.org/10.4336/2018.pfb.38e201801561Palavras-chave:
Osmocondicionamento, Potencial hídrico, Produção de mudasResumo
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. é uma espécie florestal nativa do Brasil utilizada em programas de restauração ambiental, paisagismo e construção civil. Sua propagação ocorre de forma seminal, porém, problemas na qualidade fisiológica das sementes aliados a ação de fatores bióticos e abióticos podem reduzir os percentuais de germinação e emergência. Neste contexto, técnicas que permitam a expressão do potencial fisiológico das sementes podem melhorar a germinação e o vigor em menor espaço de tempo. Uma destas técnicas é o condicionamento osmótico das sementes, o qual visa proporcionar a germinação mais rápida e uniforme, especialmente sob condições de estresse. O objetivo deste trabalho foi estudar se o condicionamento osmótico aumenta a germinação e o vigor de sementes de P. dubium. O estudo constituiu-se de três etapas: I - seleção do potencial osmótico ideal para a embebição; II - vigor e germinação de sementes osmocondicionadas e com diferentes teores de água; III - osmocondicionamento de quatro lotes de sementes com diferenças no vigor. A solução de PEG 6000 com -0,6 MPa é recomendada para o condicionamento osmótico de sementes de P. dubium com o objetivo de melhorar a germinação e o vigor. Sementes com teor de água próximo a 10% para o condicionamento osmótico influenciam positivamente o vigor. O condicionamento osmótico pode melhorar os aspectos fisiológicos de sementes de P. dubium com boa qualidade fisiológica, podendo reduzir o tempo de germinação e emergência e favorecendo os talhões com maior uniformidade e menor probabilidade de influência dos fatores bióticos e abióticos.
Downloads
Referências
Baskin, C. C. & Baskin, J. M. Seeds: ecology, biogeography, and evolution of dormancy and germination. Amsterdam: Academic Press, 2014. 1600 p.
Batista, T. B. et al. Aspectos fisiológicos e qualidade de mudas da pimenteira em resposta ao vigor e condicionamento das sementes. Bragantia, v. 74, n. 4, p. 367-373, 2015. DOI: 10.1590/1678-4499.0133.
Bittencourt, M. L. C. et al. Germination and vigour of primed asparagus seeds. Scientia Agricola, v. 62, n. 4, p. 319-324, 2005.
Bradford, D. J. Manipulation of seed water relations via osmotic priming to improve germination under stress conditions. Hort Science, v. 21, p. 1105-12, 1986.
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instruções para análise de sementes de espécies florestais. Brasília, DF, 2013. 97 p.
Cardoso, N. S. et al. Osmocondicionamento na germinação de sementes, crescimento inicial e conteúdo de pigmentos de Myracrodruon urundeuva fr. Allemão. Revista Brasileira de Biociências, v. 10, n. 4, p. 457-461, 2012.
Carvalho, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. v. 1. 1039 p.
Coelho, D. L. M. C. et al. Estresse hídrico com diferentes osmóticos em sementes de feijão e expressão diferencial de proteínas durante a germinação. Acta Scientiarum, v. 32, n. 3, p. 491-499, 2010. DOI: 10.4025/actasciagron.v32i3.4694.
Duarte, D. M. & Nunes, U. R. Crescimento inicial de mudas de Bauhinia forficata Link em diferentes substratos. Cerne, v. 18. n. 2, p. 327-334, 2010. DOI: 10.1590/S0104-77602012000200018.
Farooq, M. et al. Improving of drought tolerance in rice (Oryza sativa L.) by exogenous application of salicylic acid. Journal of Agronomy and Crop Science, v. 195, p. 237-246, 2009. DOI: 10.1111/j.1439-037X.2009.00365.x.
Ferreira, A. G. & Borghetti, F. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. 323 p.
Ferreira, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, v. 35, n. 6, p. 1039-1042, 2011. DOI: 10.1590/S1413-70542011000600001.
Heydecker, W. et al. Invigoration of seeds? Seed Science & Technology, v. 3, p. 881-888, 1975.
Kissmann, C. et al. Condicionamento das sementes e sombreamento na emergência e no crescimento de plantas de Bixa orellana L. Revista de Ciências Agrárias, v. 36, n. 1, p. 48-56, 2013.
Krzyzanowski, F. C. et al. Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. 218 p.
Maguire, J. D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, v. 2, n. 2, p. 176-177, 1962.
Marcos Filho, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495 p.
Masetto, T. E. et al. Condicionamento osmótico de sementes de Sesbania virgata (CAV.) PERS (Fabaceae). Cerne, v. 19, n. 4, p. 629-636, 2013. DOI: 10.1590/S0104-77602013000400013.
Masuthi, D. et al. Different priming treatments on germination and viability of cluster bean seeds. International Journal of Advanced Research, v. 3, n. 5, p. 108-111, 2015.
McDonald Junior, M. B. et al. Seed coat regulation of soybean imbibition. Crop Science, v. 28, p. 987-992, 1988. DOI: 10.2135/cropsci1988.0011183X002800060025x.
Mota, L. H. S. et al. Efeito do condicionamento osmótico e sombreamento na germinação e no crescimento inicial das mudas de angico (Anadenanthera falcata Benth. Speg.). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 15, n. 4, p. 655-663, 2013.
Oliveira, A. S. et al. Condicionamento osmótico em sementes de limão "˜Volkameriano´ (Citrus volkameriana Tan. and Pasq.). Scientia Plena, v. 10, n. 9, p. 1-9, 2014.
Parera, C. & Cantliffe, D. Presowing seed priming. Horticultural Reviews, v. 16, p. 109-139, 1994. DOI: 10.1002/9780470650561.ch4.
Rabbani, A. R. C. et al. Condicionamento osmótico em sementes de girassol (Helianthus annuus L.). Revista Científica UDO Agrícola, v. 13, n. 1, p. 50-55, 2013.
Sampaio, M. F. et al. Influência de diferentes substratos associados a métodos de superação de dormência na germinação e emergência de sementes de jatobá (Hymenaea courbaril L.). Revista Farociencia, v. 2, n. 1, p. 11-27, 2016.
Scalon, S. P. Q. et al. Condicionamento fisiológico e níveis de sombreamento em sementes de barbatimão (Stryphnodendron polyphyllum (Mart.) e Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville). Revista Árvore, v. 38, n. 1, p. 145-153, 2014. DOI: 10.1590/S0100-67622014000100014.
Silva, M. L. et al. Osmopriming duration in Araçá-boi seeds germination. Revista Agroambiente, v. 10, n. 1, p. 17-21, 2016a. DOI: 10.18227/1982-8470ragro.v10i1.2808.
Silva, T. A. et al. Seed priming, yield components and yield of soybean. Ciência Rural, v. 46, n. 2, p. 227-232, 2016b. DOI: 10.1590/0103-8478cr20141736.
Vertucci, C. W. The kinetics of seed imbibition: controlling factors and relevance to seedling vigor. In: Stanwood, P. C. & McDonald, M. B. (Ed.). Seed moisture. Madison, 1989. p. 93-115. (CSSA Special Publication, 14).
Villela, F. A. et al. Tabela de potencial osmótico em função da concentração de polietileno glicol 6000 e da temperatura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 26, n.11/12, p. 1957-1968, 1991.
Virgens, I. O. et al. Comportamento fisiológico de sementes de Myracrodruon urundeuva Fr. All. (Anacardiaceae) submetidas a fatores abióticos. Ciência Florestal, v. 22, n. 4, p. 681-692, 2012. DOI: 10.5902/198050987550.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas ao autor correspondente.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA.
Os autores podem usar o artigo após a publicação, sem a autorização prévia da PFB, desde que os créditos sejam dados à Revista.
A revista se reserva o direito de distribuição dos conteúdos no suporte online e/ou impresso sob uma Licença Creative Commons.
As opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores e não da PFB.