Fragmentação florestal em região semiárida no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4336/2019.pfb.39e201801683Palavras-chave:
Remanescentes florestais, Floresta tropical sazonalmente seca, Ãndices de ecologia da paisagemResumo
Os estudos de ecologia da paisagem a partir de métricas utilizando geoprocessamento e sensoriamento remoto são importantes tecnologias para avaliar as condições dos remanescentes florestais nativos, principalmente em biomas fragmentados e com alta taxa de desmatamento como a Caatinga. Este trabalho objetivou descrever a estrutura da paisagem florestal no município de Ribeira do Pombal, BA, por meio de índices métricos da paisagem. Utilizou-se uma imagem do satélite Landsat-8 OLI para a determinação do uso do solo e dos fragmentos florestais. Para o cálculo das métricas da paisagem, foi utilizado o software Fragstats 4.2®. Mesmo em uma matriz com alto percentual de pastagens, predominam na paisagem fragmentos de caatinga aberta e densa de tamanhos médio e grande, com grande proximidade e conectividade. O reflorestamento e enriquecimento dos fragmentos muito pequenos da caatinga aberta podem contribuir para serem utilizados como corredores. O grande percentual de fragmentos maiores que 100 ha garante diversidade florística e resiliência da caatinga densa no município de Ribeira do Pombal, BA.
Downloads
Referências
Alvares, C. A. et al. Köppen´s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013. http://dx.doi.org/10.1127/0941-2948/2013/0507.
Barbosa, K. V. C. et al. Use of small Atlantic Forest fragments by birds in Southeast Brazil. Perspectives in Ecology and Conservation, v. 15, p. 42-46, 2017. https://doi.org/10.1016/j.pecon.2016.11.001.
Bircol, G. A. C. et al. Planning by the rules: a fair chance for the environment in a land-use conflict area. Land Use Policy, v. 76, p. 103-112, 2018. https://doi.org/10.1016/j.landusepol.2018.04.038.
Brasil. Ministério da Integração Nacional. Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste. Resolução nº 107/2017. Estabelece critérios técnicos e científicos para delimitação do Semiárido Brasileiro e procedimentos para revisão de sua abrangência. Recife, 2017. Disponível em: <http://sudene.gov.br/images/2017/arquivos/Resolucao-107-2017.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2019.
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Monitoramento do desmatamento nos biomas brasileiros por satélite: monitoramento do bioma Caatinga 2008-2009. Brasília, DF, 2011. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/relatorio_tecnico_caatinga_2008_2009_72.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2019.
Calegari, L. et al. Análise da dinâmica de fragmentos florestais no município de Carandaí, MG, para fins de restauração florestal. Revista Árvore, v. 34, n. 5, p. 871-880, 2010. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622010000500012.
Chaves, I. B. et al. Uma classificação morfo-estrutural para a descrição e avaliação da biomassa da vegetação da caatinga. Caatinga, v. 21, n. 2, p. 201-213, 2008.
Costa, O. B. et al. Análise do processo de fragmentação da floresta nos municípios de Corumbiara e Buritis - RO. Floresta e Ambiente, v. 22, n. 3, p. 334-344, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.044113.
Cuenca, M. A. G. & Mandarino, D. C. RRealocação espacial da agricultura no âmbito de microregiões: Bahia, 1990 e 2005. Documentos, Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros 2007. 21 p.
Fernandes, M. M. & Fernandes, M. R. M. Análise espacial da fragmentação florestal da bacia do Rio Ubá - RJ. Ciência Florestal, v. 27, n. 4, p. 1429-1439, 2017. http://dx.doi.org/10.5902/1980509830330.
Forman, R. T. T. Land Mosaics: the ecology of landscape and regions. Cambridge: Cambridge University Press, 1995. 632 p.
Goulart, A. A. et al. Fragmentação da vegetação de Cerrado, entre os anos de 1984 e 2011 no Parque Estadual do Cerrado (Jaguariaíva-PR) e em sua Zona de Amortecimento. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 8, n. 3, p. 857-866, 2015.
Jesus, E. N. et al. Estrutura dos fragmentos florestais da Bacia hidrográfica do rio Poxim-SE, como subsídio à restauração ecológica. Revista Árvore, v. 39, n. 3, p. 467-474, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/0100-67622015000300007.
Juvanhol, R. S. et al. Análise espacial de fragmentos florestais: caso dos Parques Estaduais de Forno Grande e Pedra Azul, Estado do Espírito Santo.. Floresta e Ambiente, v. 18, n. 4, p. 353-364, 2011. http://dx.doi.org/10.4322/floram.2011.055.
Massoli Junior, E. V. et al. Estimativa da fragmentação florestal na microbacia Sepotubinha, Nova Marilândia - MT, entre os anos de 1990 a 2014. Caminhos de Geografia, v. 17, n. 60, p. 48-60, 2016. https://doi.org/10.14393/RCG176004.
Mcgarigal, K. Fragstats: Fragstats help: versão 4.2.: computer software program produced by the author at the University of Massachusetts.: Amherst, 2013.
Mendes, N. G. S. et al. Análise espacial da cobertura florestal de restinga da sub-bacia hidrográfica do Rio Comboios, Espírito Santo. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 10, n. 2, p. 286-292, 2015. http://dx.doi.org/10.5039/agraria.v10i2a4974.
Metzger, J. P. Estrutura da paisagem e fragmentação: análise bibliográfica. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 71, n. 3, p. 445-463, 1999.
Miranda, R. Q. et al. Dry forest deforestation dynamics in Brazil´s Pontal Basin. Revista Caatinga, v. 31, n. 2, p. 385-395, 2018. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21252018v31n215rc.
Moraes, M. C. P. et al. Análise da paisagem de uma zona de amortecimento como subsídio para o planejamento e gestão de unidades de conservação. Revista Árvore, v. 39, n. 1, p. 1-8, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/0100-67622015000100001.
Muchailh, M. C. et al. Metodologia de planejamento de paisagens fragmentadas visando a formação de corredores ecológicos. Revista Floresta, v. 40, n. 1, p. 147-162, 2010.
Pereira Júnior, J.S. Nova delimitação do semiárido brasileiro. Brasília, DF: Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados, 2007. 25 p.
Pereira, M. P. S. et al. A cobertura florestal em paisagens do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul. Floresta e Ambiente, v. 24, p. 1-11, 2017. http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.134115.
Saito, N. S. et al. Geotecnologia e ecologia da paisagem no monitoramento da fragmentação florestal. Floresta e Ambiente, v. 23, n. 2, p. 201-210, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.119814.
Santos, J. F. C. et al. Fragmentação florestal na Mata Atlântica: o caso do município de Paraíba do Sul, RJ, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 15, n. 3, p. 151-158, 2017.
Sartori, A. A. C. et al. Combinação linear ponderada na definição de áreas prioritárias à conectividade entre fragmentos florestais em ambiente SIG. Revista Árvore, v. 36, n. 6, p. 1079-1090, 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622012000600009.
Silva, A. C. et al. Aspectos da ecologia da paisagem e ameaças à biodiversidade em uma unidade de conservação na Caatinga, em Sergipe. Revista Árvore, v. 37, n. 3, p. 479-490, 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622013000300011.
Silva, M. S. F. & Souza, R. M. Padrões espaciais de fragmentação florestal na FLONA do Ibura - Sergipe. Mercator, v. 13, n. 3, p. 121-137, 2014. 10.4215/RM2014.1303. 0009.
Silva, R. A. et al. Avaliação da cobertura florestal na paisagem de Mata Atlântica no ano de 2010, na região de Ouro Preto - MG. Cerne, v. 21, n. 2, p. 301-309, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/01047760201521021539.
Silva, R. M. P. et al. Alteração da cobertura vegetal na Sub-Bacia do Rio Espinharas de 2000 a 2010. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 18, n. 2, p. 202-209, 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-43662014000200011.
Tso, B. & Mather, P. M. Classification methods for remotely sensed data. New York: Taylor & Francis, 2001. 332 p.
Velloso, A. L. et al. (Ed). Ecorregiões: propostas para o bioma Caatinga. Recife: Associação Plantas do Nordeste; Instituto de Conservação Ambiental, 2002. 76 p.
Volotão, C. F. S. Trabalho de análise espacial: métricas do Fragstats. São José dos Campos: INPE 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas ao autor correspondente.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA.
Os autores podem usar o artigo após a publicação, sem a autorização prévia da PFB, desde que os créditos sejam dados à Revista.
A revista se reserva o direito de distribuição dos conteúdos no suporte online e/ou impresso sob uma Licença Creative Commons.
As opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores e não da PFB.