Florística e diversidade da regeneração natural em clareiras em Floresta Ombrófila Mista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4336/2019.pfb.39e201801711

Palavras-chave:

Componente arbóreo, Sucessão ecológica, Similaridade florística

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a florística e a diversidade do componente arbóreo regenerante em sete áreas de clareiras formadas pelo manejo seletivo da araucária em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista. O índice de Shannon foi utilizado para a análise da diversidade florística e o de Jaccard para relacionar as similaridades existentes em cada área de clareira. Foi também realizada a classificação das espécies em grupos ecológicos, por meio de revisão de literatura. Observou-se maior riqueza de espécies nas famílias Myrtaceae e Salicaceae. Araucariacea não apresentou grande número de indivíduos. As áreas de clareiras estudadas apresentaram baixa semelhança, quando utilizou-se o índice de Jaccard com linha de corte de 50%, indicando alta variabilidade de espécies. Com a linha de corte em 40% ocorreu formação de três grupos distintos. O grupo ecológico das secundárias iniciais foi o mais representativo em termos de riqueza espécies, por se tratar de regeneração natural em clareiras recém-formadas, indicando um estágio inicial de sucessão nessa nova etapa de evolução da floresta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alessandro Parizotto, Universidade Estadual do Centro-Oeste

http://lattes.cnpq.br/9473811442419283

Carla Fernanda Mussio, Universidade Estadual do Centro-Oeste

http://lattes.cnpq.br/0539827148226454

Emílio Carlos Zilli Ruiz, Universidade Estadual do Centro-Oeste

http://lattes.cnpq.br/2015236920663780

Afonso Figueiredo Filho, Universidade Estadual do Centro-Oeste

http://lattes.cnpq.br/4151544991447365

Andrea Nogueira Dias, Universidade Estadual do Centro-Oeste

http://lattes.cnpq.br/9012244052533262

Referências

Accioly, P. Mapeamento dos remanescentes vegetais arbóreos do estado do Paraná e elaboração de um sistema de informações geográficas para fins de análise ambiental do estado. 2013. 127 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Andrade, G. K. O. et al. Regeneração natural em área de reflorestamento misto com espécies nativas no município de Laranjeiras, SE. Revista de Ciências Agrárias, v. 61, 2018. https://doi.org/10.22491/rca.2018.2779.
APG. The Angiosperm Phylogeny Group. An update of the angiosperm phylogeny group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 181, p. 1-20, 2016. http://dx.doi.org/10.1111/boj.12385.
Austregésilo, S. L. et al. Comparação de métodos de prognose da estrutura diamétrica de uma Floresta Estacional Semidecidual secundária. Revista Árvore, v. 28, n. 2, p. 227-232, 2004. https://doi.org/10.1590/s0100-67622004000200009.
Avila, A. L. et al. Mecanismos de regeneração natural em remanescente de Floresta Ombrófila Mista, RS, Brasil. Cerne, v. 19, n. 4, p. 621-628, 2013. DOI: 10.1590/S0104-77602013000400012.
Backes, P. & Irgang, B. Árvores do Sul: guia de identificação e interesse ecológico. Santa Cruz do Sul: Instituto Souza Cruz, 2002. 325 p.
Begon, M. et al. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 752 p.
Carpanezzi, A. A. & Carpanezzi, O. T. B. Espécies nativas recomendadas para recuperação ambiental no Estado do Paraná, em solos não degradados. Colombo: Embrapa Florestas, 2006. 57p.
Carvalho, J. O. P. Dinâmica de florestas naturais e sua implicação para o manejo florestal. In: CURSO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL, 1., 1997, Curitiba. Tópicos em manejo florestal sustentável. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1997. p. 43-55. (EMBRAPA-CNPF. Documentos, 34).
Carvalho, P. E. Levantamento florístico da região de Irati-PR (1a aproximação). Curitiba: EMBRAPA-URPFCS, 1980. (EMBRAPA-URPFCS. Circular técnica, 3).
Carvalho, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. v. 2. Brasília, DF: Embrapa Floresta. 2006. 627 p.
Carvalho, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. v. 3. Brasília, DF: Embrapa Floresta, 2008. 593 p.
Dalla Rosa, A. et al. Natural regeneration of tree species in a cloud forest in Santa Catarina, Brazil. Revista Árvore, v. 40, n. 6, p.1083-1092, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/0100-67622016000600013.
Daniel, O. & Jankauskis, J. Avaliação de metodologia para o estudo do estoque de sementes do solo. Série IPEF, v. 41-42, p. 18-26, 1989.
Denslow, J. S. The effect of understory palms and cyclanths on the growth and survival of Inga seedlings. Biotropica, v. 23, n. 3, p. 225-234, 1991. https://doi.org/10.2307/2388199.
Finol, U. H. Nuevos parámetros a considerarse en el análisis estructural de las selvas vírgenes tropicales. Revista Forestal Venezolana, v. 14, n. 21, p. 29-42, 1972.
Higuchi, P. et al. Influência de variáveis ambientais sobre o padrão estrutural e florístico do componente arbóreo, em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Montana em Lages, SC. Ciência Florestal, v. 22, n. 1, p. 79-90, 2012. https://doi.org/10.5902/198050985081.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro, 2012. 271 p. (Série: Manuais técnicos em geociências n. 1).
IPNI. The International Plant Names Index. 1999. Disponível em <http://www.ipni.org/ipni>. Acesso em outubro 2018.
Kersten, R. A. et al. Floresta Ombrófila Mista: aspectos fitogeográficos, ecológicos e métodos de estudo. Fitossociologia no Brasil: métodos e estudos de caso: volume II. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2011. 556 p.
Lazzarin, L. C. et al. Invasão biológica por Hovenia dulcis Thunb. em fragmentos florestais na região do Alto Uruguai, Brasil. Revista Árvore, v. 39, n. 6, p. 1007-1017, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/0100-67622015000600003.
Leite, P. F. & Klein, R. M. Vegetação. In: IBGE. Geografia do Brasil: região Sul. Rio de Janeiro: IBGE, 1990. p. 113-150.
Lorenzi, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. v. 1.
Lorenzi, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2009. v. 3. 384 p.
Mauhs, J. & Backes A. Estrutura fitossociológica e regeneração natural de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista exposta a perturbações antrópicas. Pesquisas, Botânica, v. 52, p. 89-109, 2002.
Moscovich, F. A. Dinâmica de crescimento de uma Floresta Ombrófila Mista em Nova Prata, RS. 2006. 135 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.
Narvaes, I. S. et al. Estruturas da regeneração natural em Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, RS. Ciência Florestal, v. 15, n. 4, p. 331-342. 2005. http://dx.doi.org/10.5902/198050981871.
Narvaes, I. S. et al. Florística e classificação da regeneração natural em Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, RS. Ciência Florestal, v. 18, n. 2, p. 233-245, 2008. http://dx.doi.org/ 10.5902/19805098460.
Onofre, F. F. et al. Regeneração natural de espécies da Mata Atlântica e sub-bosque de Eucalyptus saligna Smith. em uma antiga unidade de produção florestal no Parque das Neblinas, Bertioga, SP. Scientia Forestalis, v. 38, n. 85, p. 39-52, 2010.
Roik, M. Dinâmica (2002-2011) e modelagem do incremento diamétrico em fragmento de Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de Irati, Paraná. 2012. 141 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati.
Sanquetta, C. R. et al. Inventário de plantas fornecedoras de produtos não madeireiros da Floresta Ombrófila Mista no Estado do Paraná. Scientia Agraria, v. 11, n. 5, p. 359-369, 2010. http://dx.doi.org/10.5380/rsa.v11i5.20222.
Santos, K. F. et al. Regeneração natural do componente arbóreo após a mortalidade de um maciço de taquara em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Lages - SC. Ciência Florestal, v. 25, n. 1, p. 107-117, 2015. https://doi.org/10.5902/1980509817467.
Saueressig, D. Plantas do Brasil: árvores nativas. Irati: Plantas do Brasil, 2014. 432 p.
Sawczuk, A. R. Alteração na florística e estrutura horizontal de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de Irati, Estado do Paraná. 2009. 164 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Estadual do Centro Oeste, Irati.
Sccoti, M. S. V. et al. Mecanismos de regeneração natural em remanescentes de Floresta Estacional Decidual. Ciência Florestal, v. 21, n. 3, p. 459-472, 2011. http://dx.doi.org/10.5902/198050983803.
Silva, A. C. et al. Caracterização fitossociológica e fitogeográfica de um trecho de floresta ciliar em Alfredo Wagner, SC, como subsídio para restauração ecológica. Ciência Floresta, v. 23, n. 4, p. 579-593, 2013. http://dx.doi.org/10.5902/1980509812342.
Silva, M. M. et al. Regeneração natural em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2010. p. 259-278. (Pesquisas, botânica, 61).
Souza, R. P. M. et al. Estrutura e aspectos da regeneração natural de Floresta Ombrófila Mista no Parque Estadual de Campos do Jordão, SP, Brasil. Hoehnea, v. 39, n. 3, p. 387-407, 2012.
Valente, T. P. et al. Regeneração de Araucaria angustifólia em três fitofisionomias de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista. Iheringia, Série Botânica, v. 65, n. 1, p. 17-24, 2010.

Downloads

Publicado

16-07-2019

Como Citar

PARIZOTTO, Alessandro; MUSSIO, Carla Fernanda; RUIZ, Emílio Carlos Zilli; FIGUEIREDO FILHO, Afonso; DIAS, Andrea Nogueira. Florística e diversidade da regeneração natural em clareiras em Floresta Ombrófila Mista. Pesquisa Florestal Brasileira, [S. l.], v. 39, n. 1, 2019. DOI: 10.4336/2019.pfb.39e201801711. Disponível em: https://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/1711. Acesso em: 5 dez. 2024.

Edição

Seção

Seção Especial

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >> 

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.