Potencial dendroecológico de Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Palavras-chave:
Árvores tropicais, Dendrocronologia, Incremento diamétricoResumo
Atualmente, o uso de informações provenientes de estudos com anéis de crescimento é crescente em florestas tropicais. O Pantanal da Nhecolândia pode ser visto como uma dessas regiões, pois apresenta fatores edafoclimáticos que induzem a formação de anéis anuais. Esse estudo tem por objetivo determinar a correlação entre a precipitação pluviométrica e o crescimento, pela análise dos anéis de crescimento de Tabebuia heptaphylla, uma espécie arbórea decídua que ocorre naturalmente na região. Foram coletados discos à altura do solo e a cada metro de uma árvore com boa formação de copa. Em cada disco foram contados e medidos os anéis de crescimento em oito raios. Foi utilizado o coeficiente de Pearson para mostrar a correlação entre os anéis de crescimento e a precipitação. A idade da árvore foi estimada em 16 anos. A correlação do incremento radial com a precipitação foi significativa em nível de 5% para os discos de 1 a 5 metros de altura. Para os discos acima de 6 metros os resultados não foram significativos, provavelmente devido ao menor número de pares testados. A espécie T. heptaphylla apresenta grande potencial para ser utilizada em estudos dendroecológicos, sendo também importante ampliar os estudos sobre a dinâmica de crescimento dessa espécie.
Downloads
Referências
BOTOSSO, P. C.; VETTER, R. E. Alguns aspectos sobre a periodicidade e taxa de crescimento em 8 espécies arbóreas tropicais de floresta de terra firme (Amazônia). Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 163-180, 1991.
CADAVID GARCIA, E. A. O clima no Pantanal Mato-Grossense. Corumbá: EMBRAPA-UEPAE Corumbá, 1984. 39 p. (EMBRAPA-UEPAE Corumbá. Circular Técnica, 14).
CUNHA, N. G. Considerações sobre os solos da sub-região da Nhecolândia, Pantanal Mato-Grossense. Corumbá: EMBRAPA-UEPAE Corumbá, 1980. 45 p. (EMBRAPA-UEPAE Corumbá. Circular Técnica, 1).
GOMES, F. P. Curso de estatística experimental. Piracicaba: Nobel, 1987. 467 p.
GOURLAY, I. D. Growth ring characteristics of some African Acacia species. Journal of Tropical Ecology, New York, v. 11, p. 121-140, 1995.
JACOBY, G. C. Overview of tree-ring analysis in tropical regions. IAWA Journal, Utrecht, v. 10, n. 2, p. 99-108, 1989.
JACOBY, G. C.; ARRIGO, R. D. d´. Teak (Tectona grandis L.F.), a tropical species of large-scale dendroclimatic potential. Dendrochronologia, v. 8, p. 83-98, 1990.
KAMO, K.; KIATVUTTINON, B.; PURIYAKORN, B. Growth dynamics of some broad-leaved tree species in Central Thailand. In: BOX, E. O. et al. (Ed.). Vegetation science in forestry. [S.l.]: Kluwer Academic Pub., 1995. p. 515-528.
MATTOS, P. P. de; SEITZ, R. A.; BOLZON de MUNIZ, G. I. Identification of annual growth rings based on periodical shoot growth. In: WIMMER, R.; VETTER, R. E. (Ed.). Tree ring analysis: biological, methodological, and environmental aspects. Wallingford: CABI, 1999. v. 1, p. 139-145.
MATTOS, P. P.; TEIXEIRA, L. L.; SEITZ, R. A.; SALIS, S. M.; BOTOSSO, P. C. Anatomia de madeiras do Pantanal Mato-Grossense: características microscópicas. Colombo: Embrapa Florestas; Corumbá: Embrapa Pantanal, 2003. 182 p.
RATTER, J. A.; POTT, A.; POTT, V. J.; CUNHA, C. N.; HARIDASAN, M. Observations on woody vegetation types in the Pantanal at Corumbá, Brazil. Notes RBG Edingurgh, v. 45, n. 3, p. 503 - 525, 1988.
RINN, F. TSAP, version 3.0, reference manual: computer program for tree ring analysis and presentation. Heidelberg: Dipl.-Phys., 1996. 263 p.
RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do Brasil. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1979. v. 2, 374 p.
SALIS, S. M.; MATTOS, P. P. de. Fenologia de arbóreas nativas com potencial madeireiro na sub-região da Nhecolandia, Pantanal Mato-Grossense. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, 1.; CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 7., 1993, Curitiba. Floresta para o desenvolvimento: política, ambiente, tecnologia e mercado: anais. São Paulo: SBS; [S.l.]: SBEF, 1993. v. 2, p. 762.
SORIANO, B. M. A. Caracterização climática da sub-região da Nhecolândia, Pantanal, MS. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIOECONÔMICOS DO PANTANAL, 2., 1996, Corumbá. Manejo e conservação: resumos. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1999. p. 52 - 53.
TOMAZELLO FILHO, M.; LISI, C. S.; LEMOS, A. V. Caracterização e avaliação dos anéis de crescimento de árvores de ipê-rosa, Tabebuia heptaphylla (Vell.) Tol. E ipê-roxo, T. impetiginosa (Mart.) Standl., Bignoniaceae. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BOTÂNICA DE SÃO PAULO, 12., 1998, Piracicaba. Programa e livro de resumos. Piracicaba: ESALQ, 1998. p. 54.
VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 1991. 123 p.
WORBES, M. Growth rings, increment and age of trees in inundation forests, savannas and a mountain forest in the neotropics. IAWA Journal, Utrecht, v. 10, n. 2, p. 109-122, 1989.
WORBES, M. How to measure growth dynamics in tropical trees: a review. IAWA Journal, Utrecht, v. 16, n. 4, p. 337-351, 1995.
WORBES, M. Occurrence of seasonal climate and tree-ring research in the tropics. In: BARTHOLIN, J. S.; BERGLUND, B. E.; ECKSTEIN, D. et al. Tree rings and environment: proceedings of the International Dendrochronological Symposium, Ystad, 1990. Lund: Lund University, 1992. p. 338-342.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas ao autor correspondente.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA.
Os autores podem usar o artigo após a publicação, sem a autorização prévia da PFB, desde que os créditos sejam dados à Revista.
A revista se reserva o direito de distribuição dos conteúdos no suporte online e/ou impresso sob uma Licença Creative Commons.
As opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores e não da PFB.