Morfometria de Araucaria angustifolia em diferentes altitudes no Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4336/2020.pfb.40e201902066Palavras-chave:
Análise de crescimento, Floresta com Araucária, Método de BitterlichResumo
Os índices morfométricos podem ser usados para subsidiar o entendimento da dinâmica de florestas naturais. Diante disso, objetivou-se descrever e avaliar as características morfométricas e dendrométricas de Araucaria angustifolia, como subsídio para compreensão da estrutura da floresta natural de araucária. Os dados foram mensurados em três municípios de Santa Catarina, considerando diferentes altitudes de ocorrência da espécie, com amostragem de 247 árvores, utilizando o método de Bitterlich, sendo medida a circunferência a 1,30 m do solo, altura total e de inserção de copa e raios de copa. As relações interdimensionais das árvores foram descritas por meio de índices morfométricos. O sítio 2 apresentou árvores de maior porte em relação ao diâmetro e área de copa. O sítio 3 apresentou a maior densidade de árvores (403 árvores ha-1), enquanto nos sítios 1 e 2 foram observadas 362 e 232 árvores ha-1, respectivamente. No sítio 3, a maior parte das árvores apresentou proporção de copa superior a 50% e formal de copa menor que 1, indicando árvores de copas mais estreitas e largas. O diâmetro da árvore apresentou correlação negativa e superior a 70% com o grau de esbeltez. Nos três sítios, o diâmetro apresentou correlação positiva com o diâmetro de copa.
Downloads
Referências
Assmann, E. Principles of forest yield study. Oxford: Oxford Pergamon Press,1970.
Braz, E. M. et al. Criteria to be considered to achieve a sustainable second cycle in Amazon Forest. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 35, n. 83, p. 209-225, 2015. https://doi.org/10.4336/2015.pfb.35.83.941.
Brüchert, F. & Gardiner, B. The effect of wind exposure on the tree aerial architecture and biomechanics of Sitka spruce (Picea sitchensis, Pinaceae). American Journal of Botany, v. 93, n. 10, p. 1512-1521, 2006. https://doi.org/10.3732/ajb.93.10.1512.
Chen, Q. et al. Isolating individual trees in a savanna Woodland using small footprint lidar data Photogramm. Photogrammetric Engineering & Remote Sensing, v. 72, n. 8, p. 923-932, 2006. https://doi.org/10.14358/PERS.72.8.923.
Cisneros, A. B. et al. Morfometría de copa em Prosopis alba Griseb. Ciência Florestal, v. 29, n. 2, p. 1-22, 2019. https://doi.org/10.5902/1980509826846.
Clark, D. A. & Clark, D. B. Análisis de la regeneración de árboles del dossel em bosque muy húmedo tropical: aspectos teóricos y prácticos. Revista de Biologia Tropical, v. 35, supl. 1, p. 41-54, 1987.
Costa, E. A. et al. Influência da posição social nas relações morfométricas de Araucaria angustifolia. Ciência Florestal, v. 26, n. 1, 2016. http://dx.doi.org/10.5902/1980509821116.
Daniel, T. W. et al. Principles of silviculture. New York: McGraw-Hill Book Company, 1979.
Duarte, L. S. & Dillenburg, L. R. Ecophysiological responses of Araucaria angustifolia (Araucariaceae) seedlings to different irradiance levels. Australian Journal of Botany, v. 48, p. 531-537, 2000. https://doi.org/10.1071/BT98046.
Durlo, M. A. & Denardi, L. Morfometria de Cabralea canjerana, em mata secundária do Rio Grande do Sul. Ciência Florestal, v. 8, n. 1, p. 55-66, 1998. http://dx.doi.org/10.5902/19805098351.
Epagri. Dados e informações biofísicas da Unidade de Planejamento Regional Planalto Sul Catarinense: UPR 3. Florianópolis: EPAGRI/CIRAM, 2002. 70 p.
Feldpausch, T. R. et al. Height-diameter allometry of tropical forest trees. Biogeosciences Discussions, v. 7, p. 7727-7793, 2011. https://doi.org/10.5194/bg-8-1081-2011.
Finger, C. A. G. Fundamentos de biometria florestal. Santa Maria, RS: Ed. UFSM/CEPEF/FATEC, 1992. 269 p.
Gentry, A. H. Changes in plant community diversity and floristic composition on environmental and geographic gradients. Annals of the Missouri Botanical Garden, v. 75, n. 1, p. 1-34, 1988. https://doi.org/10.2307/2399464.
Hess, A. F. et al. Morfometría de la copa de Araucaria angustifolia en sitios naturales en el sur de Brasil. Bosque (Valdivia), v. 37, n. 3, p. 603-611, 2016. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-92002016000300017
Klein, D. R. et al. Relações morfométricas para Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze em Santa Catarina. Floresta, v. 47, n. 4, p. 501-512, 2017. http://dx.doi.org/10.5380/rf.v47i4.49667.
Koch, B. et al. Detection of individual tree crowns in airborne lidar data Photogramm. Photogrammetric Engineering & Remote Sensing, v. 72, n. 4, p. 357-363, 2006. https://doi.org/10.14358/PERS.72.4.357.
Kwak, D. A. et al. Detection of individual trees and estimation of tree height using LiDAR data. Journal of Forest Research, v. 12, p. 425-434, 2007. https://doi.org/10.1007/s10310-007-0041-9.
Larson, P. R. Evaluating the environment for studies of the inheritance of wood properties. In: World consultation on forest and tree improvement, 1., 1963, Stockholm. Proceedings. Rome: FAO, 1963. p. 1-6.
Lawton, R. O. Wind stress and elfin stature in a montane rain forest tree: an adaptive explanation. American Journal of Botany, v. 69, p. 1224-1230, 1982. https://doi.org/10.1002/j.1537-2197.1982.tb13367.x
Leite, P. F. & Klein, R. M. Vegetação. In: Geografia do Brasil: Região Sul. v. 2. Rio de Janeiro: IBGE, 1990.
Lieberman, D. et al. Tropical forest structure and composition on a large-scale altitudinal gradient in Costa Rica. Journal of Ecology, v. 84, n. 2, p. 137-152, 1996. https://doi.org/10.2307/2261350.
Machado, S. A. et al. Comportamento da relação hipsométrica de Araucaria angustifolia no capão da Engenharia Florestal da UFPR. Pesquisa Florestal Brasileira, n. 56, p. 5-16, 2008. https://doi.org/10.4336/2012.pfb.56.5.
Mähler Junior, J. K. F. & Larocca, J. F. Fitofisionomias, desmatamento e fragmentação da Floresta com Araucária. In: Fonseca, C. R. et al. (Ed.). Floresta com araucária: ecologia, conservação e desenvolvimento sustentável. Ribeirão Preto: Holos, 2009. p. 243-252.
Mattos, J. R. de. O pinheiro brasileiro. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011. 608 p.
Nakashizuka, T. et al. Altitudinal zonation of forest communities in Selangor, Peninsular Malaysia. Journal of Tropical Forest Science, v. 4, p.233-244, 1991.
Nutto, L. & Spathelf, P. Modelagem da desrama natural de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. Revista Florestal, v. 33, n. 3, p. 295-309, 2003. http://dx.doi.org/10.5380/rf.v33i3.2263.
Ohsawa, M. et al. Altitudinal zonation of forest vegetation on Mount Kerinci, Sumatra: with comparison to zonation in the temperate region of east Asia. Journal of Tropical Ecology, v. 1, p. 193-216, 1985. https://doi.org/10.1017/S0266467400000286.
Padoin, V. & Finger, C. A. Relações entre as dimensões da copa e a altura das árvores dominantes em povoamentos de Pinus taeda L. Ciência Florestal, v. 20, n. 1, p. 95-105, 2010. http://dx.doi.org/10.5902/198050981764.
Proctor, J. et al. Ecological studies on Gunung Silam, a small ultrabasic mountain in Sabah, Malaysia. I. Environment, forest structure and floristics. Journal of Ecology, v. 76, n. 2, p. 320-340, 1988. https://doi.org/10.2307/2260596.
Reitz, R. & Klein, R. M. Araucariáceas. In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1966. 62 p.
Roman, M. et al. Variáveis morfométricas e relações interdimensionais para Cordia trichotoma (Vell.). Ciência Florestal, v. 19, n. 4, p. 473-480, 2009. http://dx.doi.org/10.5902/19805098901.
Roveda, M. et al. Morfometria de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze na floresta nacional de São Francisco de Paula-RS. In: CONGRESSO FLORESTAL PARANAENSE, 4., 2012, Curitiba. Anais"¦ [Curitiba]: Malinovski Florestal, 2012.
Shimizu, J. Y. et al. Variabilidade genética em uma população remanescente de araucária no Parque Nacional do Iguaçu, Brasil. Boletim de Pesquisa Florestal, n. 41, p. 18-36, 2000.
Silva, F. A. et al. Caracterização de índices morfométricos para Araucaria angustifolia plantada na Região Norte do Rio Grande do Sul. Advances in Forestry Science, v. 4, n. 3, p. 143-146, 2017. http://dx.doi.org/10.34062/afs.v4i3.5111.
Soares, C. P. B. et al. Dendrometria e inventário florestal. 2. ed. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2011. 272 p.
Souza, R. P. M. et al. Estrutura da comunidade arbórea e aspectos da regeneração natural de remanescentes florestais paulistas com araucária. In: Cardoso, E. J. B. N. & Vasconcellos, R. L. F. (Ed.). Floresta com araucária: composição florística e biota do solo. Piracicaba: FEALQ, 2015. p. 89-132.
Sterba, H. Forstliche ertragslehre. Wien: Universitätfür Bodenkultur. Wien, 1992. 160 p.
Tonini, H. & Arco-Verde, M. F. Morfologia da copa para avaliar o espaço vital de quatro espécies nativas da Amazônia. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 40, n. 7, p. 633-638, 2005. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-204X2005000700002.
Valério, Ã. F. et al. Análise florística e estrutural do componente arbóreo de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Clevelândia, Sudoeste do Paraná. Revista Acadêmica: Ciência Animal, v. 6, n. 2, 2017.
Volkart, C. M. Determinación de la relación diámetro copa: diámetro tronco en Araucaria angustifolia y Pinus elliottii en la Provincia de Misiones. In: CONGRESO FORESTAL ARGENTINO, 1., 1969, Buenos Aires. Actas"¦ Buenos Aires: Servicio Nacional Forestal. 1969.
Weaver, P. L. & Murphy, P. G. Forest structure and productivity in Puerto Rico´s Luquillo mountains. Biotropica, v. 22, n. 1, p. 69-82, 1990. http://dx.doi.org/10.2307/2388721.
Yamada, I. Forest ecological studies of the montane forest of Mt. Pangrango, West Java. IV. Floristic composition along the altitude. South East Asian Studies, v. 15, n. 2, p. 226-254, 1977.
Zeide, B. Analysis of growth equations. Forest Science, v. 39, n. 3, p. 594-616, 1993. https://doi.org/10.1093/forestscience/39.3.594.
Downloads
Publicado
Versões
- 04-02-2021 (2)
- 12-05-2020 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas ao autor correspondente.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista PESQUISA FLORESTAL BRASILEIRA.
Os autores podem usar o artigo após a publicação, sem a autorização prévia da PFB, desde que os créditos sejam dados à Revista.
A revista se reserva o direito de distribuição dos conteúdos no suporte online e/ou impresso sob uma Licença Creative Commons.
As opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores e não da PFB.